— Vamos linda, está pronta?
Nos dias que se sucederam eu, Ben e Safira saíamos para passear por toda Grécia, eles me levaram para conhecer restaurantes, baladas, pontos turísticos, lojas e até mesmo o castelo. Neste dia em questão, Safira havia voltado a trabalhar, ela era editora chefe do jornal da Grécia, e Ben resolveu me levar para uma cafeteria que como ele diz: "É a melhor do mundo todo!"— Estou, estou. - digo saindo do quarto.
— Então vamos, eu quero chegar logo para pegar a minha mesa favorita.
— Você é príncipe, pode expulsar quem pegar sua mesa. - brinco
— Não é bem assim que funciona. - ele revira os olhos.
Ao chegar no local fiquei maravilhada, era uma cafeteria não muito grande, com decoração toda em tons pastéis, muitas flores em todos os cantos.— O que achou?
— É muito bonita, tem todo um charme natural com o pôr do sol batendo nas flores e nas cores - falo olhando em volta e me encantando com todo aquele lugar.
— É lindo mesmo, mas você não viu a melhor parte - Ben diz empolgado, pega minha mão me puxando para uma varanda onde a suposta mesa favorita estava. - olhe só essa vista.Me deparo com algumas montanhas no horizonte, o sol se punha entre eles e naquele dia seus raios eram alaranjados com um toque suave de rosa, as árvores e flores até me faziam esquecer que ali era uma cidade movimentada.
— Ben... Agora entendi porque é sua mesa preferida, é maravilhoso!
— Eu disse! Vamo sente-se - ele sorri e puxa a cadeira para mim.
— Obrigada - me sento e ele logo senta em minha frente.
Logo uma garçonete aparece e anota nossos pedidos, eu pedi um croissant e um capuccino enquanto Ben pediu um Mocca e um sonho de creme. Durante todo nosso tempo ali conversamos sobre a vida, nos conhecemos e eu podia dizer que estavamos virando amigos.
— E então, conheceu a Safira pelo jornal?
— Ah, não não, nos conhecemos desde pequenos - ele sorri - ela passou muito tempo brincando comigo e meu irmão durante a infância, já que nossos pais eram amigos íntimos.
— Não sabia disso, que coisa ótima! A amizade de vcs dura muito em - brinco.
— Sim, ela é de mais.
— Huumm, e o coração em relação a ela?
— O que? Não, meu Deus Elisa, ela é como uma irmã - ele faz cara feia e ri depois - na verdade quem é afim dela, desde pequeno, é meu irmão, os dois sempre foram apaixonadinhos um pelo outro.
— Olha, estou descobrindo várias coisas em, já posso fazer uma página de fofoca - rio.
— Pode mesmo - ele me acompanha na risada - e falando nisso, eu vi você escrevendo alguns dias... Desculpe pela intromissão assim, mas você estava escrevendo o que?
— Ah... São só coisas bobas
— Eu vi alguns dos seus projetos de canto de olho, além da escrita o visual e bem bonito.
— Você andou cheretando minhas coisas?
— Não! Desculpe, só fiquei curioso para saber o que você tanto fazia e dei umas espiadinhas conforme você trabalhava.
— Aham, sei - rio - mas, não é grande coisa, ajudo uma amiga a fazer alguns trabalhos para o trabalho dela e só isso.
Pego minha bolsa e tiro um caderninho vermelho.
— Aqui tem algumas coisas fúteis e "matérias" - faço aspas no ar - que eu escrevi.Folheio o caderno até achar alguma coisa que não fosse tão tosca, acho um texto sobre a comparação de religiões pelo mundo e entrego para Ben.
— Um privilégio especial para mim em, finalmente vou matar minha curiosidade.
Benjamim se concentra em ler todo meu texto, não fazia expressão alguma o que me deixava nervosa, eu não apresentava minha escrita para muitas pessoas pois era muito mais fácil no anonimato, não sabia o que as pessoas estavam pensando e nem as suas caras e bocas quando liam, então ficar cara a cara com alguém e mostrar um de meus projetos era terrívelmente pavoroso.— Eli... - ele levantou a cabeça e me encarou - isso está incrível! Você escreve perfeitamente, nunca havia lido algo assim, o que mais tem por aqui - ele se anima e começa a folhear mais páginas.
— Chega, sem leitura para você - pego meu caderno antes que ele lesse mais coisas - obrigada pelos elogios, significa muito.
— Só disse a verdade.
Nós dois sorrimos um para o outro, eu viro para ver o final dos raios do sol que iluminavam o céu e Ben diz:
— Obrigada por não me odiar tanto... E por me mostrar seus projetos
— Quem disse que eu não te odeio tanto assim? - brinco e olho para ele
— OH droga! Eu ia te oferecer um cargo no jornal, mas já que me odeia...
— Pera, que? - o olho surpresa.
— Isso mesmo, a Safira pode ser editora chefe mas eu também cuido do jornal juntamente com ela, tenho poder para contratar quem quiser.
— Tá, mas você estaria fazendo uma péssima escolha em me contratar.
— Nem pensar! Eli, você seria incrível como jornalista, tem carisma para entrevistas, uma boa escrita, um bom senso crítico de arte. Você seria sem dúvidas a melhor! O que acha? Aceita o cargo?
— Eu... Não sei Ben, eu moro em Angeles e a Safira não foi comunicada...— Linda - ele coloca sua mão sobre a minha - A Safira iria adorar trabalhar com você e sobre a distancia, não tem problema algum, claro que você teria que vir aqui algumas vezes mas poderia escrever de longe. Vamos Eli, aceite! Você ganharia um ótimo salário para manter as viagens e se manter muito bem.
Penso por um instante sobre a proposta, era uma boa este trabalho, por impulso do momento eu sem dúvidas iria aceitar mas a ansiedade de dar errado foi uma pedra no meu caminho, fiz uma lista rápida de pros e contras e por fim ignorei os contras.— Ok, eu aceito!
— Isso! Ah, que demais! Eu estou feliz por você! - Ben sorriu de orelha a orelha o que me fez sorrir.
— Obrigada Benjamim, acho que não te odeio tanto assim.
Ficamos ali por algumas horas mais, conversamos sobre diversas coisas e até combinamos de ele ir me visitar em Angeles.Ao chegar na casa de Safira me deparo com a mesma deitada no sofá dormindo, provavelmente tinha chegado do trabalho cansada, eu segui para meu quarto em silêncio e me sentei na cama, peguei meu celular e mando mensagem para Aspen.
“Oi amor, quando puder me liga, tenho uma novidade!"
Como ele não me respondeu, deduzi que estava ocupado, e para me entreter peguei um livro para ler.
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A visão das estrelas.
RomanceA seleção está prestes a começar, uma oportunidade em um milhão de se casar com um príncipe e encontrar o amor. E Elisa Clark, uma garota de apenas 20 anos começando a viver, mais insegura do que pode imaginar e a procura de novas oportunidades vê...