Amor

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Amor.

Harry nunca soube o significado dessa palavra. Poderia até mesmo entender o significado dela, mas nunca sentiu o amor na pele.

Esse era o resultado de ficar anos fugindo, indo de cidade em cidade com sua tia e o estúpido do seu primo.

Medo.

Esse sim era um sentimento que Harry conhecia de cor, já que sempre viveu com ele. Mesmo antes do governo humano cair nas mãos de Voldemort.

O medo sempre esteve em seu sangue, ele sabia disso. A segunda maior defesa humana, apenas perdendo para a adrenalina.

Sentiu seus pés entrarem em contato com o chão, fazendo seus joelhos se dobrarem pelo impacto e logo começou a correr. Seus pés deslizavam pela água que tinha na rua vazia e suas mãos seguravam a arma que estava em sua mão.

Entrou em uma loja de conveniência correndo para trás do balcão destravando sua arma. Aquela cidade já havia sido evacuada pelos humanos a anos, não deveria ter ninguém por aquelas áreas.

"– venha, ele foi por aqui." Um dos Comensais fala, suas sombras indicando que eles passaram direto pela loja.

Harry relaxou, sentindo a adrenalina ainda fazendo seu coração bater rapidamente em seu peito.

Seu corpo estava em alerta, esperando os sons a sua volta se silenciar.

Quando o silêncio reinou, sua mão foi até o celular em seu bolso e mandando mensagem para sua tia, a avisando que havia conseguido tudo que ela precisava.

Ele sabia que voltar para Londres era um perigo.

Encarou o jornal que estava no chão, vendo que era um jornal bruxo onde as imagens ficam se movimentando e estava focada em um casal aos prantos com o título em negrito "O eleito está morto".

Harry deixou a loja depois de um tempo, indo para a casa onde ele estava ficando com a tia, atento a qualquer movimento ao seu redor.

Desceu até o porão, batendo na porta em uma sequência e respirou fundo quando ela foi aberta dando de cara com seu primo idiota que tinha um doce em sua boca.

Mesmo com o fim do mundo ele continua sendo um porco mimado que quase havia causado a morte de todos eles com sua estupidez.

Entrou no porão, seguindo até a cozinha improvisada e jogando a mochila na mesa tirando de lá as coisas pedidas por sua tia. Jóias raras, roupas, poções, pedras preciosas  e algumas balas para Duda.

Sua tia sentou na mesa, observando tudo que o Potter havia conseguido para que perdesse tudo em jogos ou prostitutos em Hécate.

Harry se sentou na poltrona, descendo a máscara até o queixo enquanto soltava seus longos cabelos, os bagunçando antes de ir para o pequeno banheiro que tinha ali aproveitando a água que ainda tinha na casa.

Se vestiu com algo confortável antes de ajustar sua cama improvisada, espirrando várias vezes pela poeira enquanto se deitava sentindo seu corpo exausto do esforço que teve no dia.

Sua tia colocou a tigela de comida a sua frente, fazendo ele piscar várias vezes vendo um pouco de sopa que havia sido derramada no chão.

O Bruxo da Luz - Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora