Quindici

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Filippo Fontana

O banho foi perfeito, mas me sentia viciado demais em manter Olívia por perto. Perto o suficiente para que eu pudesse me enterrar nela. Preocupada com o fato de que alguém pudesse nos ouvir ali, ela fugiu do banheiro vestindo um roupão que eu havia separado para ela e sorri, caminhando até o quarto, vendo que ela estava parada em frente ao enorme espelho que ficava de frente para uma bancada repleta de gavetas com senha onde guardava meus relógios, óculos e algumas armas mais caras.

Suas bochechas ainda estavam avermelhadas por causa do vapor do banheiro e também devido aos beijos intensos que eu dei em sua boca, seus olhos azuis encaravam o próprio reflexo e ela sorriu quando me viu chegando por trás dela. Tinha enrolado uma toalha na cintura e sorri, tocando em seus ombros:

- Por que está parada aí?

Liv encarou nosso reflexo e aquele contraste de seu corpo tão delicado em minha frente, me fez respirar fundo. Não dava pra saber a diferença de tamanho que tínhamos, mas ali dava pra ter uma boa noção e eu gostava disso.

- Ainda estou tentando me acostumar com a grandiosidade dessa casa. - Ela deu um passo pra trás, só para encostar o corpo no meu e seu cheiro me invadiu. - Pra que precisa de um espelho enorme assim? Fica se admirando nele?

Sorri, sabendo que ainda não poderia responder o que queria, mas sentindo que meu corpo faria isso por mim. Deslizei as mãos de seus ombros até seus braços e meus lábios encontraram sua orelha. Passei a língua levemente no lóbulo e Olívia se encolheu, soltando um gemido baixinho e grudando ainda mais em meu corpo. Não precisou de mais nenhum movimento dela para que eu ficasse duro de novo e sussurrei:

- Os espelhos tem tantas funções, principessa. Ficaria honrado se me deixasse te mostrar uma delas. - Meus dedos buscaram o laço de seu roupão e o desatei, abrindo-o, fazendo com que ela ofegasse ao se encarar completamente nua pelo espelho. Meus lábios não se distanciaram de sua orelha e continuei a sussurrar - Só continuo se permitir.

- Dio, Filippo...

- Isso é um sim? - Meu nariz se afundou em seus cabelos e fechei os olhos, adorando o perfume dela.
Olívia não tinha ideia do tamanho do poder que tinha sobre mim e o que o som da sua voz, seu cheiro, seu gosto e seu corpo estavam fazendo comigo. Não precisava de muito pra me deixar pronto pro que ela quisesse. Cazzo, não precisava nem do mínimo.

- Sim... - Sua voz quase não saiu e usei as duas mãos para deslizar o roupão por seus braços e deixar que caísse sobre seus pés.

Não perdi a oportunidade de encará-la através do reflexo e a maneira com que pressionava seu corpo no meu conseguia ser ainda mais sexy do que toda a cena em si. Olívia estava completamente nua, com suas cascatas douradas caindo sobre seus seios, que cobriam um dos mamilos, mas deixando o outro bico exposto entre algumas mechas sacanas. Seu abdômen se contraía toda vez que respirava fundo e suas coxas se apertavam uma na outra, só para tentar esconder seu sexo perfeito, que me pertencia. Tudo nela me pertencia. Eu me sentia um completo animal.

- Você tem ideia do quanto é linda? - Minha voz pesava de prazer e meu corpo inteiro já pegava fogo. Meu tesão por ela era mais do que físico, era visual, carnal, era intenso pra caralho. Minhas mãos afastaram seus cabelos, os colocando por trás de seus ombros, deixando que a parte da frente de seu corpo ficasse completamente exposta no reflexo.
Usei a ponta dos dedos para tocar em seus braços e sua pele se arrepiou inteira. Os lábios de Olívia estavam entreabertos e seus olhos fechados, o que me fez sorrir baixinho e desejar abandonar aquele jogo que eu estava prestes à começar. A beijei em um dos ombros, trilhando toda sua clavícula até chegar em seu pescoço e sussurrei:

Mais que Negócios - Duologia Família Fontana - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora