FLASHBACK, MANSÃO MALFOY - SÁBADO:
Draco ultrapassou a rede de flu com pressa, Pansy seguia em seu encalço.
Apertava as abotoaduras de seu terno com raiva.
Estava farto, farto daquela maldita vida, farto de absolutamente tudo.
E o pior, não conseguia compreender os reais motivos para se sentir assim.
Mas era um fato que não via a hora de Voldemort ordenar tarefas mais relevantes a si, ele era praticamente seu pupilo! Não aguentava mais obedecer suas ordens, queria comandar também.
— Está atrasado! - ralhou Lúcio, ao ver seu filho se aproximar do corredor.
Os dedos gélidos do mais velho agarraram o braço do garoto com força.
Pansy, observou o rapaz com preocupação.
Ninguém o havia atualizado sobre os últimos acontecimentos.
Draco, sem fazer nenhum som, apenas encarou a garota por mais um instante e então, se voltou para seu pai.
— E o que isso te diz respeito!? - cuspiu Malfoy, assim que Pansy adentrou na sala.
— Ah é? Quer continuar sendo o braço direito do Lorde? Pois então mantenha sua postura! - continuou o mais velho.
— E quem poderia me substituir? Você? Oh por favor - prosseguiu o loiro com rispidez antes de se soltar das garras de seu pai.
— Cuidado Draco, você pode não ser mais o favorito dele e eu não deixarei você arruinar nossa linhagem com suas atitudes insignificantes e bastardas - concluiu Lúcio, ao empurrar Draco sala adentro.
O garoto apenas alisou seu terno com uma das mãos e foi em direção a sua cadeira, ao lado direito do Lorde.
Naquela altura, a linha de frente de Voldemort já se encontrava pela sala, todos em suas cadeiras, cochichavam entre si e bebericavam algo em suas taças.
O loiro estranhou aquele comportamento por um instante, com as detenções, teve que parar de participar de grande parte das reuniões que organizaram durante a última semana e, com certeza, quando Voldemort marcou pessoalmente esta, Draco pensara que fosse algo de extrema urgência.
Não uma mera confraternização regada à Hidromel.
Ele bufou e se atirou contra a cadeira, massageando sua têmpora, evitando cumprimentar qualquer um presente no espaço.
A cadeira do lorde ao seu lado seguia vazia, era sempre o último a chegar.
— Malfoy, que prazer revê-lo.
Lentamente, o garoto ergueu sua cabeça, reconhecia aquela voz de algum lugar, tinha certeza.
Foi então que notou, ao lado esquerdo da cadeira de Voldemort, outro corpo repousava tranquilamente.
Draco grunhiu um cumprimento e ergueu sua taça, fazendo o comensal posicionado em pé, nas suas costas, se aproximar para enchê-la de Hidromel.
— Mattheo Riddle - resmungou o garoto, com um sorriso ladino, mas seu tom de voz denunciava profundo desgosto. - O que faz aqui?
O filho do Lorde raramente participava das reuniões, por ter certas regalias, por ser o primogênito, Voldemort não o envolvia em tudo aquilo, deixava o trabalho sujo para o seu pupilo e demais comensais de confiança.
— Ah sabe, papai precisa de reforços, acho que estava mais do que na hora de eu ajudá-lo nesse legado - comentou o garoto com indiferença enquanto bebia um gole de sua bebida.
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Fine Line - Dramione
FanfictionE se ele se tornasse a escória da sociedade e ela a referência para o mundo bruxo, tudo seria diferente? Um livro. Uma noite. Um sobrenome. Ele a odiava e vociferava isso ao vento, mas esquecia-se que ódio nunca foi o oposto de amor. Ele era ambição...