Fine Line - Dramione

𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟺𝟶:

Mais dois dias se passaram, porém nesses, Malfoy sentiu-se tratado como um rei. Recebeu três refeições, uma bacia com água e sabonete para se banhar e até mesmo uma camisa branca limpa.

Mas a garota não apareceu.

Nem ela e muito menos ninguém.

Pela primeira vez, o rapaz gostou de ser esquecido.

Mesmo com marcas de machucados em todo o seu corpo, sentia-se renovado. Estaria pronto para derrubar aquelas grades e fugir se aquilo fosse possível.

Malfoy ainda não havia conseguido compreender que tipo de plano a lady tramava, mas dado o seu sumiço, devia se tratar de algo grande.

Mas naquela altura, o rapaz duvidaria que a sua morte ainda estaria na lista de metas da garota, estava demasiado transtornada quando ela o deu veritaserum, a quase 3 dias atrás.

— Draco, acorde - o rapaz ouviu uma voz o chamar, e abriu os olhos de prontidão.

Não havia se dado conta que tinha pego no sono outra vez.

O rapaz coçou seus olhos com pressa para analisar quem o acordou.

Tão rapidamente o rapaz olhou para seus pulsos e se espantou ao notar que as correntes haviam sumido

– Vamos, levante-se - persistiu a voz.

Foi só então que Draco notou o portão da cela aberto.

Ele observou a morena parada em sua frente por um longo momento, como se ainda estivesse preso a aquela parede.

– Hermione? - ele chamou, confuso.

– Não, você se encontrou com Merlin - ela debochou, sem esboçar um único sorriso - Vamos, eu não tenho o dia todo.

Grindelwald a mente do rapaz gritou, murchando qualquer fina esperança que ele nem mesmo sonhava que estava se alimentando.

Ele se ergueu em um salto.

– Para onde? - questionou

– Para fora daqui - ela respondeu quase que imediatamente - Preciso te mostrar uma coisa

Concluiu a lady, saindo do espaço imediatamente.

– Você me ouviu? - ela reforçou ao observá-lo do corredor de fora, notando que o rapaz ainda mantinha seus pés fixos no mesmo lugar.

Draco estava confuso, a garota o deixou confuso.

O que passava pela sua cabeça, a ponto de libertá-lo?

Grindelwald era instável, apenas pensar nas possibilidades fazia a nuca de Malfoy arrepiar.

Céus, aquela garota o deixou transtornado.

– Não sou surdo, idiota - ele retorquiu, na tentativa de disfarçar sua confunsão com a situação.

E tão rapidamente, tratou em segui-la.

Pisar fora da cela pela primeira vez depois de todo aquele tempo era estranho, era como se estivesse cometendo um delito, como se não devesse estar ali.

Como se não tivesse mais direito de ser liberto.

O lugar em que estava parecia um verdadeiro labirinto. Infinitamente maior que a sua mansão.

Grindelwald caminhava ao seu lado com cautela, não tinha pressa, mas também (aparentemente) temia ser vista por alguém.

Mas Malfoy pouco se importou, continuou a observar o espaço, intrigante.

Ao chegar no fim do corredor, notou um escrito gravado na parede

Athame

O rapaz então notou que outros vários acessos podiam ser vistos do ponto que estavam.