Noites se tornaram dias, dias se tornaram semanas e semanas pareciam terem se tornado anos.
Draco Malfoy estava a tanto tempo naquela gélida e escura cela que parecia ter perdido completamente a noção do tempo. Ele ficaria chocado se soubesse que não haviam passado nem mesmo 12 dias.
Hermione Grindelwald já havia visitado sua cela incontáveis vezes, culpando ele por seus pesadelos inconsistentes e por se sentir fraca a ponto de não conseguir pronunciar nem mesmo um feitiço irreversível contra ele mesmo.
Queimava os dedos de Malfoy quando achava que as respostas do garoto para suas perguntas não eram boas o suficiente.
Mas no dia seguinte voltava com materiais médicos e cuidava, sem muito cuidado, dos mesmos ferimentos que havia causado.
Granger estava mexendo completamente com sua cabeça, mas a garota era tão estúpida quanto uma porta, jamais aceitaria isso, jamais acreditaria no que quer que Malfoy falasse.
Mas aquele dia estava estranho.
Draco custou para acordar, estava farto daquela situação de merda que havia se enfiado.
Já havia perdido completamente as esperanças que Harry viria salvá-lo, ele sabia muito bem o fim de qualquer um que tentasse algo parecido.
Sabia porque todas as tentativas contra sua mansão, foi ele o encarregado em cuidar dos invasores.
Ao girar sua cabeça para o lado contrário, franziu o cenho com desconfiança. Afinal, ao lado de seu corpo repousava uma cesta tom palha, onde de dentro dela um cheiro doce invadia o ambiente.
Malfoy, mesmo custoso, sentou-se depressa e começou a observar ao seu redor, com o intuito de encontrar algum vestígio de outra peça que Grindelwald estava tentando pregar.
Ao notar que não havia nada nem ninguém ao seu redor, se limitou a puxar a cesta com uma de suas mãos.
Assim que retirou o pano que a cobria, o cheiro de torta de framboesa invadiu o ambiente.
Apenas o perfume já foi o suficiente para Draco sentir suas entranhas revirarem.
Retirou aquele pedaço sem muito cuidado e deu uma grande bocada.
Sabia que a possibilidade daquela torta estar envenenada era altíssima, mas na altura que o rapaz se encontrava, o que ele mais desejava era a morte.
Draco sentiu-se revigorado, aquele pedaço de torta acompanhado com um grande copo de suco de abóbora era o que faltava para recuperar alguns poucos nutrientes, mas o suficiente para se sentir muito melhor.
Enquanto se mantinha sentado, refletia
Que caos seria sua vida se ele conseguisse fugir? Voltar?
Voldemort o aceitaria de volta depois desaparecer do mapa com o eleito?
Ou pior, ele mesmo estaria disposto a voltar para Voldemort depois de tudo?
Enquanto secava o último gole de seu copo de suco, batia levemente sua cabeça contra a parede, em um profundo estado de reflexão.
Aquele não era ele, seu estado mais vulnerável e volátil havia sido exposto. E ele odiaria admitir, mas se afeiçoar a Potter foi algo, que inconscientemente, ele desejava desde aquele maldito aperto de mão que nunca aconteceu, a praticamente 6 anos atrás.
Por um segundo, voltou a observar o fundo de seu copo, o resíduo da abóbora, somado a uma sombra azulada estavam depositados.
Poção de cura, ele concluiu rapidamente
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Fine Line - Dramione
أدب الهواةE se ele se tornasse a escória da sociedade e ela a referência para o mundo bruxo, tudo seria diferente? Um livro. Uma noite. Um sobrenome. Ele a odiava e vociferava isso ao vento, mas esquecia-se que ódio nunca foi o oposto de amor. Ele era ambição...