𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟸𝟺:

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– A meses, nós tentávamos rastrear possíveis objetos que Voldemort poderia vir a se interessar... - continuou Lupin, com amargura.

Era fato, não tinham mais como esconder e esconder de ninguém ali, a situação precisava ser esclarecida.

Agora, não eram mais apenas suposições, vidas estavam em jogo.

Em especial, a vida do eleito.

– Sabem, possíveis Horcruxes, objetos valiosos, chaves de portais e o que quer que pudesse interessar ele ou qualquer comensal, seja por avareza, desejo de poder, ou qualquer outro motivo - o professor prosseguiu.

Naquela altura, todos se encontravam sentados na sala de jantar da Ordem, Hermione, em especial, estava próximo a uma das pontas da mesa, sendo ladeada por Gina e Ron.

Seu estômago revirava, revirava em pensar que agora, todos ali sabiam o que tinha ocorrido nesse último mês. Mesmo James tendo o bom senso de poupar detalhes, ainda assim ela se sentiu exposta, tremendamente exposta.

Mas, acima de tudo, o desaparecimento de Harry causava náuseas, se sentia extremamente culpada, se não tivesse entregado o livro a ele talvez agora, ambos estivessem aqui, ouvindo qualquer outro discurso paralelo com seus segredos sobre o diário, e sobre sua relação com Malfoy, bem guardados.

– E dentre as nossas pesquisas, chegamos a um objeto curioso - acrescentou Moony.

– Uma lenda, na verdade - prosseguiu Chloe, tomando a palavra - Et serpens commentarius.

– Ou il-ktieb tas-serp - acrescentou Mahina, com um tom de mistério.

Aquilo havia atraído genuinamente a atenção de Hermione, Gina e os demais que não faziam a menor ideia de tudo aquilo.

– E o que isso significa? - questionou Gina, que, assim como Hermione, empertigou a postura.

Chloe coçou a garganta.

– O diário da cobra em latim, ou O Livro da Serpente em Maltes - ela prosseguiu.

Hermione franziu o cenho.

– Maltes? - ela questionou, desconfiada.

– Sim - respondeu Lupin - Mas olha, o nome aqui não importa, pelo menos não agora.

– O que interessa aqui é que existe uma lenda muito antiga onde conta que esse livro, na verdade, era um objeto de testes de um bruxo incomum... - prosseguiu Chloe.

Céus, aquilo estava virando uma tremenda bola de neve.

– Incomum em que sentido? - Ron perguntou desta vez, depositando seus braços sobre a mesa.

Chloe engoliu seco.

– Ele era dotado de uma magia incomum, muito mais forte que um obscurial e conseguia produzi-la sem usar uma varinha...

— ...E à medida que ele a usava, era como se contaminasse seu corpo, morrendo dia após dia, sem uma explicação ao certo - Hermione acrescentou, repentinamente, olhando para o nada.

Sim, ela se recordava com clareza de ter lido sobre isso em algum lugar, a história a havia intrigado genuinamente.

– Você está falando de Stregheryat, não é? O bruxo amaldiçoado pelo fogo... - continuou Granger, agora, erguendo os olhos e intercalando com Chloe e Lupin.

A mais velha direcionou um olhar indecifrável para o professor, aparentemente surpresa por Hermione saber de tais informações.

O que a teria motivado a ler sobre?

Fine Line - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora