Fine Line - Dramione

𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟸𝟿:

– Venham, por aqui - sinalizou Black, abrindo a porta para o trio adentrar.

Rapidamente, Alvo apoiou seu chapéu no tripé ao lado da entrada e se encaminhou para a sua cadeira de couro surrada, atrás da escrivaninha no centro da sala.

Após Bryanna e os garotos acompanharem o mais velho, Matthew entrou e fechou a porta em suas costas.

Harry observou a sala com cuidado, não era um espaço grande, se assemelhava mais a uma pequena biblioteca, uma extensa estante de livros repousava atrás de Dumbledore, grossas cortinas tapavam as janelas e uma lareira se encontrava mais ao canto.

Girando seu corpo para a direita, na parede, um quadro, pintura, chamou sua atenção. Era uma moça jovem, estava com suas mãos cruzadas em frente ao corpo, rosto arredondado e seu cabelo preso delicadamente atrás de sua cabeça, árvores a circulavam.

Já havia visto aquele quadro antes, enquanto transitava pela rede de flu de Aberforth.

Era Ariana, irmã dos Dumbledore.

Céus, como tudo poderia soar tão diferente, mas, ao mesmo tempo, o lembrar tanto de casa?

Potter não sabe por quanto tempo encarou a pintura, mas julgou ser tempo suficiente para Dumbledore coçar a garganta, chamando sua atenção.

Girando seu corpo novamente, pode notar que Draco já se encontrava sentado em uma das poltronas em frente a escrivaninha, já Bryanna estava parada próxima a janela, de braços cruzados. Ela soava inquieta.

– Sente-se - convidou o homem, apontando com sua mão, a poltrona em sua frente.

Sentindo suas bochechas corarem, abaixou a cabeça e se sentou na poltrona.

O homem em frente aos rapazes permaneceu em silêncio por mais alguns instantes, analisando ambos minuciosamente.

Ao contrário de Harry, Draco, fisicamente, era exatamente ao Draco que conhecia. Os cabelos louros, pele pálida e olhos claros, todavia, um sorriso brincalhão sempre estava fixo em sua face. Era um entusiasta, dos jovens, era um dos líderes contra a resistência de Grindelwald.

Por muito tempo, os Potter-Malfoy foram heróis.

Mas agora, encarar o rapaz em sua frente o intrigava. Rabugento, petulante e com um estranho e carregado semblante sofrido.

Já Harry, se permitiu observar o diretor por mais um instante. A aparência jovial, e as roupas finas o tornava irreconhecível.

Então ele deixou sua mente vagar mais um pouco, e recordou-se de suas últimas palavras antes de os direcionarem para aquela sala. Tudo não fazia o menor sentido.

Tanto que, ao ponto que todo aquele silencio se tornou vergonhoso, Harry o cortou com uma risada seca, sem mostrar muitos dentes.

– Isso definitivamente é loucura - ele argumentou, esfregando as mãos em sua face - O senhor está dizendo que eu aparecia em seus sonhos?

Dumbledore afirmou com a cabeça.

– Eu não descreveria como sonhos - argumentou ele, pensativo.

Por um segundo, ninguém comentou mais nada, lentamente o homem se reclinou em sua cadeira, mas era possível notar que as engrenagens em sua mente trabalhavam em disparada.

– Quanto tempo vocês estão aqui? - questionou o mais velho, outra vez, enquanto coçava sua barba.

– 3 dias - respondeu Bryanna - Fazem 3 dias que os encontramos no vilarejo.