𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟺:

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Hermione abriu os olhos com lentidão, sentia-se entorpecida, não sabia ao certo porque, mas sentia-se assim, como se tivesse bebido algo forte na noite passada ou havia sido apunhalada? Não sabia ao certo o que pensar, nem a que conclusão chegar, demorou alguns segundos até sua visão tomar foco, devido a claridade que a circundava, mas assim que isso ocorreu, apavorou-se de prontidão, sentou-se e então se deu conta, estava deitada no chão? Desde quando?

Coçou seus olhos com força para ter certeza que não estava delirando e voltou a olhar ao redor, não estava delirando, ela estava deitada no chão de um extenso corredor de pedras. Em um salto se pôs em pé e empertigou sua postura, analisou suas roupas, um conjunto inteiramente preto acompanhado de uma jaqueta de couro, seu cabelo estava preso em um coque sobre sua cabeça, isso a deixou ainda mais confusa, nunca acostumou-se arrumar dessa forma, na verdade, não gostava nem um pouco de se vestir assim, mas agora, vestida como estava, não poderia negar que estava se achando terrivelmente atraente.

Foco Hermione!

Foi o que ela disse para si mesma assim que se deu conta que estava se perdendo em seus próprios pensamentos.

Voltou a olhar ao seu redor, o corredor era frio mas muito bem iluminado por conta das imensas janelas que repousavam ao lado esquerdo do local. Lentamente, Hermione aproximou-se de uma delas e suspirou ao olhar a paisagem, era belíssima! Ao que parecia, a construção se erguia sobre um ponto mais alto dos demais, ao horizonte era possível ver algumas outras construções, casas talvez?

Desconfiou que já era fim de tarde, pois o sol já estava se escondendo por trás dos montes e, sem dúvidas, tinha quase certeza que aquele era o por do sol mas lindo que já havia visto.

Pensou em se beliscar, aquilo não parecia real, nada parecia, como havia ido parar aí, onde estava, ou melhor, o que havia feito na noite passada? Não se recordava.

Ai!

Ela resmungou assim que se beliscou e concluiu que aquilo era real.

Assim que viu o sol esconder seus últimos e já escassos raios por trás dos montes, voltou seu olhar para o corredor em que se encontrava, não possuia nada de especial, a não ser pelos lustres e pinturas que se penduravam aqui e ali.

Ela teria prosseguido, admirando tudo ao seu redor, mas um barulho vindo do final do corredor a deixou estranhamente curiosa, fazendo-a se questionar novamente, onde estava? Como havia ido parar aí? Não fazia ideia, mas achou pertinente averiguar, afinal, precisava saber como chegou até ali, não é?

A cada passo em direção ao som, sentia seu coração pulsar agitado, o local em que estava parecia ser antigo, quase como a construção de um antigo castelo, mas de longe, era muito mais bonito que Hogwarts.

À medida que se aproximava de uma entrada no fim do corredor, vozes ficavam cada vez mais audíveis, risadas, comentários, sons de feitiços de, o que? Uma? Duas? Não, espere, de três pessoas. Não podia negar, estava com medo, mas as vozes soavam tão familiares que era quase impossível se sentir nervosa por isso.

Ao passar o grande arco que ligava um corredor ao outro, sentiu sua voz falhar, estava em, um salão? Não sabia ao certo, mas inúmeras pilastras circulares se erguiam a cada lado do espaço, por um momento, aquele espaço a recordou das salas de tronos de filmes de princesas trouxas que assistia quando criança, era lindo.

E então no centro do espaço, haviam três pessoas, um garoto e uma garota, adolescentes, ele aparentemente mais velho que ela, e coincidentemente, a garota estava virada de costas para ela, mas percebeu que usava a mesma roupa que ela e, ao seu lado, uma terceira, essa, por sua vez, era um homem de cabelos loiros, que Hermione também não conseguia ver o rosto.

Fine Line - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora