𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟹𝟼:

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De repente, um lampejo esverdeado atingiu a parede, milímetros ao lado de seu rosto.

A feição irônica deu lugar para uma expressão de espanto, encarando a garota em sua frente de forma revoltada.

– Oh, perdeu a graça é? - Hermione debochou, com ironia.

Novamente, outro lampejo, dessa vez vermelho, cortou o ar. Mas, rapidamente Draco curvou seu corpo, desviando bravamente do feitiço.

Medo agora corria por sua corrente sanguínea.

Aquela em sua frente não era a Hermione que sempre conhecera.

Poderia ter os mesmos cabelos, ou o mesmo olhar, mas ali, ela não passava de uma mera estranha para ele.

Como se tivesse voltado a estaca zero.

E ele não sabia o que esperar.

– Ficou maluca, porra!? - o rapaz rugiu, apavorado - Qual é o seu problema!?

– Qual o meu problema!? - ela rebateu, furiosa - É sério!?

Outro feixe de luz saiu de sua varinha, ele desviou com um pulo.

Mesmo as correntes limitando ligeiramente seus movimentos, não impedia sua adrenalina de salvar sua própria vida.

– Você é um desgraçado de merda! - ela gritou - Destruiu a porra da minha vida! E quando eu pensei que estava morto, céus eu pensei que havia me livrado! - Hermione gritou outra vez, disparando mais um feitiço, desviado por Draco - Mas ai voce apareceu na Porra.Do.Meu.Aniversário!!!

4 lampejos esverdeados alcançaram a parede que Draco estava, mas felizmente, nenhum foi capaz de atingi-lo.

O coração de Malfoy parecia saltar pela sua boca.

Não tinha como saber tudo que Potter-Malfoy havia feito contra aquela garota, mas por um mísero segundo, agradeceu por ser Hermione Granger com quem ele vivia em pé de guerra.

E no fundo rezava a Merlin para voltar a ela o mais rapidamente possível.

– Olha aqui, eu não sei que tipo de droga está te deixando lunática pra caralho - começou Malfoy - Mas eu não sou quem você quer ver morto!

A garota riu com acidez, incrédula sobre as palavras que havia acabado de escutar.

– Você é patético, Potter-Malfoy! - ela gritou.

E com um rápido movimento, o garoto se viu erguer-se do chão, enquanto correntes apertavam seu corpo.

– Porra, porra, porra, sua imbecil que merda está fazendo!? - Draco gritou, desesperado.

Aos poucos as correntes foram subindo por seu corpo, apertando seus tornozelos, pernas, cintura...

O rapaz gritava de dor, as feridas, agora, haviam aberto novamente e sangravam conforme as correntes o envolviam.

– O que eu devia ter feito desde o início! - ela gritou de volta, se divertindo com a dor do rapaz.

Pavor contaminou o âmago do garoto, tentava se debater contra aquilo mas era impossível.

Que jeito merda de morrer, refletiu ele.

– Olha aqui sua destrambelhada! - O loiro rebateu, assim que as correntes alcançaram seu peito - Eu não sou quem voce pensa porra! Eu nem sou daqui, caralho!

Mas a garota, em contrapartida, riu, debochando das mentiras que o rapaz tentara usar para fugir do inevitável.

Ela o queria morto.

Fine Line - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora