𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟹𝟽:

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– Duas Hermiones? Você só pode estar brincando?! - resmungou Bryan, encarando Harry com um semblante apavorado.

Ver a filha de Grindelwald ferveu a mente de Potter com dúvidas.

Ele estava em outra realidade, vivendo uma vida ao contrário.

Quem não poderia garantir que tantos pesadelos e atitudes de Granger não poderiam ter uma explicação ainda maior do que imaginavam?

– Bem, então isso significa que talvez você possa mexer com a cabeça daquela bruxinha doentia, não é? - Começou Matthew, mesmo mantendo uma carranca séria, era possível perceber que um feixe de esperança cortou seus olhos - Digo, se a Hermione da sua realidade sonhava com essa, quem não pode garantir que o mesmo não acontecia aqui?

Harry deu de ombros, não sabia ao certo o que responder, sempre havia visto os pesadelos de Hermione como uma consequência da guerra, nada além.

Alyn coçou seu queixo, pensativa. Ainda raciocinava tudo que o moreno havia contado sobre sua melhor amiga.

– É muito arriscado... - começou a morena.

– Qual é o seu problema Lestrange? - se manifestou Bryan outra vez, erguendo-se da cadeira - Nessa altura do campeonato ainda pensa em riscos? Porra, estamos todos fodidos, impossível ficar pior!

Em contrapartida, a garota não retrucou, apenas ergueu a palma de sua mão, em um gesto para faze-lo se calar.

– Eu ainda não terminei - ela comentou, encarando o rapaz nos olhos.

Bryan encolheu os ombros e voltou a se sentar.

– É muito arriscado, mas não é impossível - prosseguiu ela.

Se alguém estivesse observando Potter naquele instante, notaria que um forte brilho invadiu o olhar do garoto.

Ele precisava acreditar em algo.

Precisava da sua esperança de volta.

– O que você está pensando, Alyn? - chamou Sarah, desconfiada da declaração da amiga.

A garota respirou fundo, parecia tentar reorganizar suas palavras.

– Da mesma forma que vocês - prosseguiu, encarando Harry - De sei lá onde vieram, sonhavam e sabiam de coisas daqui, da mesma forma isso pode ter acontecido aqui.

– Foi exatamente o que eu disse - resmungou Matthew.

Novamente, a morena ergueu sua mão para fazê-lo ficar quieto.

– Vocês não estão entendendo - ela continuou - Isso pode ser uma ponte, Harry nem Draco Potter-Malfoy podem falar algo pois estão mortos, mas ambas as Hermiones estão vivas, uma pode estar vivendo na mente da outra mas ainda não conseguiram compreender o que está acontecendo.

– Mas que diabos...? - rebateu Bryan outra vez, confuso demais para entender a declaração de Alyn.

Em contrapartida, a garota bufou impaciente, buscando em sua mente outra forma de explicar o que fervia dentro de si.

– Potter - ela disparou, de repente - Você atravessou um livro para vir para cá, não foi?

– Sim - ele respondeu sem rodeios.

– E você também disse que Hermione sentia coisas estranhas quando tocava nele, não?

– Sim... - respondeu ele outra vez, mas desta, um tanto quanto desconfiado.

– Isso, isso pode ser uma ponte! - ela praticamente comemorou - Quem não nos garante que exista algum outro livro ou qualquer outra coisa aqui que faça vocês conseguirem descobrir o que acontece fora daqui?!

Fine Line - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora