Capítulo 13

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🌸Nossos dias começavam sempre em meio a muito amor e carinhos, por mais que eu sonhasse que podia ser feliz com Atílio...eu estava sendo surpreendida pela vida. Era como se todos os meus medos tivessem sido devorados a cada vez que fazíamos amor, acordar em seus braços sentindo o calor de sua respiração quente.

Atílio - Bom dia meu amor.

Guadalupe - Bom dia!

Atílio - O que acha de darmos aquela volta?

Guadalupe - Sim, quero muito ver os meus pais também.

Me levantei e nos arrumamos para ir, estava cheia de saudade da minha família. Queria dar uma forte abraço na minha mãe e no meu pai e claro me despedir do meu cavalo. Me vesti e antes fomos tomar café da manhã.

Amélia - Bom dia.

Guadalupe - Bom dia Amélia.

Atílio - Hoje iremos dar um bom passeio por essas bandas, Lupe e eu estamos muito pálidos.

Amélia - Acho que devem mesmo sair um pouco do quarto e respirar um ar puro.

Fiquei um pouco constrangida com o comentário, mas claro que ela vivendo conosco sabia bem o que tanto fazíamos dentro do quarto. Comemos e depois Atílio e eu fomos pedir a Sebastião que selasse os cavalos.

Atílio - Quer ir junto no cavalo comigo, ou prefere que selem um para você?

Guadalupe - Podemos ir juntos!

Sebastião olhou para Atílio e sorriu, foi testemunha de como aquele casal havia sofrido e estava feliz ao ver que estavam se acertando.

Atílio - Certo, Sebastião sele o trovãopor favor.

Sebastião - Sim senhor.

Esperamos um pouco e ele trouxe o cavalo, Atílio me ajudou a montar e veio por trás me envolvendo pela cintura.

Sebastião - Aqui está ele, prontinho para passear.

...

Começamos a cavalgar pela fazenda e uns minutos depois chegamos a estrada onde Raio de sol estava enterrado.

Guadalupe - Adoro esse cheiro de liberdade, a dias não sentia isso.

Ajudei ela a descer e sabia que aquilo lhe traria más lembranças, da forma como nosso casamento havia começado.

Atílio - Aqui princesa.

Fiz com que ela se abaixasse e tocasse a terra, ela se sentou tocando o mato que havia recentemente nascido naquele lugar.

Atílio - Por favor não chore.

Guadalupe - Ele ainda está vivo aqui e eu posso sentir.

Atílio - Me consola saber que pensa assim e que me perdoou de verdade pelo que fiz.

Guadalupe - Nesse mundo tudo volta ao seu lugar, ele agora vive, mas de outra maneira. Na terra, nas plantas que estão aqui e se alimentaram dele!

Me sentei ao lado dela.

Atílio - Nunca vou me perdoar pelo que fiz, se eu tivesse sido tolerante...você não o teria perdido.

Ela não podia me ver chorar, mas sentia. Secou minhas lágrimas e me beijou, isso não me trouxe conformidade e acalento...me fez sentir muito menor ainda diante da grandeza de valores dela.

Olhei dentro de seus olhos e deixei a verdade sair de dentro de mim.

Atílio - Eu te amo!

Ela sorriu.

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