Capítulo 35

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Sebastião e Luíza se casaram em uma cerimônia reservada com a presença apenas da família e de alguns ilustres convidados. Como já era de se esperar, a justiça nada fez para punir Raul pela agressão contra Sebastião.

Padre – Sebastião, aceita Luíza como sua legítima esposa, para amar e respeitar na saúde e na doença e por todos os dias de sua vida?

Sebastião – Sim padre!

Padre – E você Luíza, aceita Sebastião como seu marido para amar e respeitar na saúde e na doença e por todos os dias de sua vida?

Luíza – Sim.

Padre – Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva.

Luíza abaixou a cabeça e Sebastião beijou em sua testa, os pais da noiva deram um jantar íntimo para comemorar a celebração. A muitos dias Gabriel não via Jamile, pois com o sucesso da escola tiveram que promover reformas para aumentar o número de salas e já a uns dias elas não davam aula por lá.

Gabriel – Como você está?

Jamile – Muito bem.

Gabriel – Eu soube que a escola vai bem e eu queria saber se não pretendem, ensinar adultos?

Jamile – Seria muito bom poder ensinar as pessoas daqui a ler e a escrever.

Gabriel – Eu sei o básico, mas muitos aqui sequer sabem assinar o próprio nome.

Jamile – Apresentarei a proposta para o meu pai! – Ela ia sair, mas ele segurou em seu braço. – Tem mais alguma coisa, Gabriel?

Gabriel – Não, nada de importante.

Ela saiu, Luíza percebeu que o clima entre eles continuava distante e ela não queria que o irmão fosse infeliz.

Luíza – Não deixe sua felicidade ir embora, Jamile é muito bonita e doce. Todos na região só falam bem dela e logo aparecerá um homem que queira lhe dar amor. Vai conseguir vê-la se unir a outro, meu irmão?

Gabriel – Não sei o que fazer da minha maldita vida, deveria ter desaparecido de verdade quando eu tive a chance.

Luíza – Sabe sim, você sabe que a ama e quer ela de volta. Deixe de ser orgulhoso, tanto criticou Atílio que se tornou igual a ele no passado!

Gabriel saiu enfurecido e foi para dentro de casa, uma surpresa assustadora os surpreendeu.

Guadalupe – Ai ai Atílio! – Ela sentiu uma dor forte e repentina, deixando todos muito assustados.

Atílio – Vem princesa, tem que se sentar. – Ela a pegou nos braços e levou até o sofá, Amélia lhe trouxe um copo d'água. – Onde está Matilde? Ela é parteira, chamem ela agora mesmo!!

Matilde – Estou aqui senhor, o que está sentindo Lupe? – Perguntou ela se aproximando e tocando a barriga da jovem.

Guadalupe – Uma pontada no baixo ventre, forte muito forte! – Ela gemia entre uma contração e outra.

Matilde – Ainda não pode dar à luz, o bebê é muito pequeno e seria um aborto.

Atílio – E o que vamos fazer?

Matilde – Levá-la para casa, lá posso dar ervas e ela precisa de repouso elos meses que faltam!

Atílio – Sim, vou te levar para casa princesa. – Atílio a levou para o carro e eles foram para casa, o jantar havia terminado e ainda mais depois da iminência do parto prematuro de Guadalupe.

Gabriel e todos os outros ficaram preocupados, não era o momento daquela criança vir ao mundo. Restavam as orações e que as ervas de Matilde a ajudassem a segurar por mais tempo.

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