Capítulo 28

50 11 8
                                    

Amélia tratou do jantar daquela noite e preparou um verdadeiro banquete ainda que fossem poucas pessoas, Atílio deu vários beijos na esposa para alegrar seu astral. Guadalupe e Jamile ajudaram na preparação do jantar, Atílio pediu que jacinto buscasse seus sogros no horário combinado, infelizmente o padre estava adoentado e não pode comparecer para renovar os votos do casal e teriam que fazer algo simbólico apenas.

Gabriel estava no trabalho braçal da fazenda para tentar se esquecer da dor de saber que a mulher de sua vida estava gerando o filho de outro.

Enquanto isso na cozinha...

Jamile – Lamentável o que aconteceu com Leandro, acho que Celina e ele gostariam de estar aqui para o jantar dessa noite.

Amélia – A vida tem dessas coisas minhas filhas, por isso eu sempre digo que a gente é apenas um sopro. Temos que procurar a felicidade assim como vocês, enquanto estamos na mocidade, quando a velhice chega. Apenas as boas lembranças ficam!

Jamile – Estou tentando ser feliz agora. – Responde ela bem triste.

Guadalupe – E vai conseguir, você só precisa ter um pouquinho mais de paciência. Gabriel é só mais um homem nesse mundo, ele tem um coração e você vai conseguir conquista-lo.

Elas prepararam o jantar, Atílio preferiu algo mais intimista e só para pessoas especiais. Mas pediu que fosse posta uma grande e enfeitada mesa ao ar livre, como era típico das comemorações em pleno verão naquele lugar.

Guadalupe tomou um bom banho e se vestiu com um dos belos vestidos comprados na cidade, Atílio chegou por trás de seu pescoço e colocou um belo colar de pérolas. Ela sorriu ao sentir o frio daquela peça tocar sua pele e a tateou sentindo cada detalhe.

Atílio – Jamile e Luíza me ajudaram a escolher ele na cidade na volta para casa.

Guadalupe – Muito obrigada amor, fico sem jeito de receber todos os presentes que você me dá e não posso retribuir a altura.

Atílio – Claro que retribui, você está me dando a maior alegria que um homem pode ter e além de me dar a honra de ver esse sorriso lindo todos os dias. Me dei a liberdade de comprar algo para seus pais também, entregue isso a eles hoje á noite.

Ele colocou na mão dela um caixinha de joia.

Guadalupe – Posso saber o que é?

Atílio – Claro que sim, dentro dessa caixa há dois colares de ouro com os nomes de seus pais gravados. Ester para ele e Leonel para ela.

Guadalupe – Quem diria que um homem que era tão seco e frio se converteu em um verdadeiro príncipe, como você?

Atílio – Você me mudou para melhor. – Diz ele beijando as duas mãos dela e sorrindo.

Amélia bateu na porta.

Atílio – Entre Amélia, sabemos que é você.

Amélia – Perdoem-me, seus pais estão aqui Lupe. Margareth e Saulo também já chegaram com Luíza.

Guadalupe – Sim, já vamos descer.

Atílio – Hora de dividir com todos a nossa felicidade.

Guadalupe

Descemos as escadas de mãos dadas e fomos para frente da casa, Atílio havia contratado alguns tocadores e disse que fizeram uma fogueira para iluminar nosso jantar e dar boas vindas a colheita desse ano, que seria uma das melhores de toda a região.

Ester – Você está linda filha, linda como sempre.

Guadalupe – E eu feliz demais em ter a senhora e meu pai aqui conosco.

Além do horizonteOnde histórias criam vida. Descubra agora