O flautista de Hamelin

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 Benjamin dirigia seu carro, no banco do carona estava a caixa com o revólver que ele tinha ganho do Severão, ele pára no semáforo que estava vermelho, no som do carro tocava Come As You Are (Nirvana), ele olha para a lado e abre a caixa pegando o 38 com um lenço que estava enrolado no revólver, ele encara o objeto do qual ele sempre abominou, ele estudava para ser um advogado criminal para lutar contra pedófilos e outros crimes cometidos principalmente contra crianças, ele nunca pensou em ter um revólver, mas o presente de Severão lhe abriu a mente, se caso Boris lhe procurasse ele estaria com Hélio e queria matar o rapaz, ele lembrou que Pitt também poderia está em perigo, então aquele presente poderia ser útil, mas ele também lembrava do pedido do prisioneiro, que ele ficaria agradecido se o rapaz não usasse a arma. Ben é desperto dos seus pensamentos quando escuta o som de várias buzinas lhe avisando que o sinal estava aberto, ele aperta a embreagem e em seguida acelera, ele pega o celular e liga para Pitt que atende no segundo toque.

_Oi Ben.

_E ai, tudo bem?

_Sim, está tudo bem. Na verdade tenho boas notícias.

_Ah finalmente. - Diz Ben com alívio no coração.

_Pois é, queria ter ligado antes, mas achei melhor esperar por você. Em fim, a Cecília acordou, Benjamin.

_Meu Deus! Graças a Deus, Pitt. - Benjamim estava com os olhos molhados de lágrimas de tanta felicidade. - Você falou com ela?

_Um pouco, ela está muito fraca, mas só o fato dela ter acordado já é ótimo. E ah... Bom, ela...

_O que foi Pitt, aconteceu alguma coisa?

_Ela falou pouco... Mas... Ela disse que... Que... Foi o Boris que... Quem matou a Greta.

Benjamin teve mais vontade de chorar, na verdade ele ainda não teve tempo para parar e pensar em tudo que estava acontecendo, a morte da mãe foi horrível e rápida, ele não teve tempo de se despedir e a última vez que mãe e filho se falaram foi por telefone e mesmo assim não foi nada legal a atitude de Ben com Greta que só estava preocupada com ele, mas na verdade o que Pitt falou não foi nenhuma surpresa, ambos já imaginavam, ainda assim não era fácil.

_Eu... Nós já esperávamos. - Diz Ben finalmente.

_Desculpe, deveria ter dito pessoalmente.

_Tudo bem Pitt, não faria diferença. - Ben acha melhor mudar de assunto. - Você ainda está no hospital?

_Sim, estou esperando a ligação do Nando, quando ele sair do Trabalho ele vem direto para cá em quanto vou em casa descansar um pouco.

_Entendo. Pitt é... Ah... Cuidado tá legal? Não sabemos se esse maldito se foi ou ainda está a nossa procura, seria melhor você ficar por ai mesmo, creio que seja mais seguro.

_Vai ficar tudo bem Benjamin, a polícia está na cola dele, acredito que ele já não está por perto.

_Bom... É... Avisa ao Nando que vou demorar no máximo duas horas, em seguida vou para o hospital.

_Tudo bem, tchau.

_Hã... Pitt?

_Sim?

_Pareceria estranho dizer que apesar de tudo isso acontecendo eu estou feliz por estar falando com você?

_Ah... Não? - (Risos) - Também estou Benjamin.

_Te amo mano. - Ben diz rapidamente tentando parecer tranquilo e pega Pitt de surpresa.

_Hã... Eu... Eu... Também amo você Ben. - Os dois amigos ficam sem graça e rapidamente Pitt desliga. - Bom, até breve.

Psicopatas Vol.3 - Momo'sOnde histórias criam vida. Descubra agora