O juiz

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O seu ódio e sua estranha obsessão o cegou de forma que inibiu toda sua inteligência, de forma nenhum pouco astuta, Boris agora estava atrás das grades, está numa cela sozinho, um colchão velho e rasgado no chão, ao seu lado uma privada completamente suja e uma pequena pia sem água, ele sentia frio mas a ira em seu coração de pedra o consumia. Ele sabia que algo estava errado, fazia mais de um dia que ele estava preso e ninguém apareceu para falar com ele, Boris exigiu um advogado, mas os policiais não lhe deram ouvido, apenas falando que ali seria o local do julgamento do pedófilo.

No hospital, Cecília já não estava mais na UTI e sim em um quarto hospitalar em recuperação, ela não acreditava no que Benjamim lhe falava, e um turbilhão de sentimentos invadiram sua mente e coração fazendo a garota chorar sem parar, imaginando como poderia está à cabeça de seu amado amigo antes de se matar.

_Eu... Eu não sei o que vai ser de mim sem ele. A gente estava sempre brigando, mas sempre fazendo as pazes, estávamos sempre juntos. - Cecília secava as lágrimas. - O Nando já sabe que aquele desgraçado está preso?

_Sim, claro. - Responde Ben.

_Ele vem para o julgamento?

Benjamim ficou desconfortável com a pergunta de Cecília, ele não podia mentir para ela, mas sabia que ela não iria concordar com o que ele iria falar.

_Hum... É... Difícil de explicar.

_Então tente. - Diz Cecília sentindo um aperto no peito.

_Lembra quando eu fui procurar pistas de Boris e acabei conhecendo a sobrinha dele, a Nádia? Então, ela me disse que um homem chamado Altemar Severo era pai de um menino que o Boris abusou, e quando ele descobriu ele ficou louco e procurou o desgraçado por todo lugar, acabou se metendo numa briga e matou um homem, agora ele está preso no presídio da cidade.

_O mesmo onde o Boris está preso. - Diz Cecília pensativa.

_Isso... É... Bom... Ele é um homem... Como posso dizer... Um homem que tem meios peculiares e amigos importantes, a polícia conseguiu pegar o Boris porque o Severo é linha dura com a polícia.

_Um presidiário é linha dura com a polícia? - Cecília parecia ouvir uma piada. - Típico. Mas o que isso tem haver?

_Então... Bom, ele será o juiz do Boris. O julgamento não será da forma que conhecemos.

***

Boris não estava com medo, ele sabia que coisa boa não iria acontecer, ele só odiava se sentir contra a parede, feito um rato. Ele ouviu passos se aproximando pelo corredor, ele imaginou que seriam uns cinco homens, ele olha para os lados a procura de algo para defender-se, mas não havia nada, ele já tinha levados uns socos e não tinha mais sua inseparável bengala, e agora arrastava sua perna com dificuldade. Os guardas aparecem em frente a cela, eram quatro, dois guardas, um policial e o sargento Guedes, eles não pareciam amigáveis.

_Encosta na parede seu filho da puta. - Diz um dos guardas em quanto o outro abre a cela.

Boris encosta-se na parede como mandado, ele se preparava para o pior, mas o que ele não sabia era que o pior ainda estava para acontecer.

Os guardas empunham seus cassetetes e partem para cima de Boris que tenta se defender, os guardas eram jovens e fortes e conseguiram facilmente imobilizar Boris, em seguida começaram a surra-lo, chutes, socos e golpes com cassetetes fizeram o velho cair no chão com o olhar diabólico.

Psicopatas Vol.3 - Momo'sOnde histórias criam vida. Descubra agora