O cemitério já estava se esvaziando, as pessoas já saiam daquele lugar, algumas apressadas, outras lentamente perto do túmulo estava Nando segurando uma rosa branca, ele não chorava, mas seu semblante denunciava o quanto ele havia chorado, Benjamim estava de baixo de uma árvore vendo aquela cena a alguns metros dali e notou que um casal se aproximava de Nando, Ben os reconheceram rapidamente, eram os pais de Pitt.
_Boa... Hu... Boa tarde. - A senhora olhava para Nando. - Eu sou a...
_Rosa... A mãe de Pitterson. - Interrompe Nando. Eu sei. Mas o que vocês estão fazendo aqui?
_Eu... Eu... Não sei o que dizer... Eu sinto muito. - Dizia a mulher com a mão na boca.
_Deve sentir mesmo... O Pitt foi rejeitado por vocês, olha eu sei que não é da minha conta mas nesse momento eu preciso falar que isso também é culpa de vocês. - O olhar de Nando ia da mãe ao pai.
_Vamos para casa Rosa, eu disse que não seria uma boa ideia ter vindo. - Disse o pai de Pitt, um homem com uma aparência arrogante.
_Eu não! Sou a mãe do Pitterson, se esse "rapaz" não gosta da minha presença, ele que saia. - Rosa falava de uma forma debochada.
_Mãe? - Repetiu Nando com tom de incredulidade. - Agora você lembra que é a mãe dele? Por favor, minha senhora, não me venha com essa. Eu que organizei todo esse funeral sozinho e lhe garanto que não vou sair.
_Atrevido... Anormal. - Rosa estava furiosa pelo afrontamento de Nando. - Não tem vergonha?
_Tenha vergonha na cara, minha senhora, você passou a vida inteira desprezando o Pitt, nunca se quer ligou em seus aniversários para desejar Parabéns, na verdade nunca ligou para nada e ainda fala essas coisas diante do túmulo dele? Francamente, se tem alguém aqui anormal não sou eu. E só não falo mais nada em consideração ao Pitt. - Os olhos de Nando estavam cheios de lágrimas. - Quantas vezes ele queria sua ligação, seu abraço? Mesmo depois do que aquele maldito Boris fez com ele, o Pitt poderia está aqui hoje se tivesse a família ao lado.
_Vamos Rosa agora. - O homem arrasta a mulher com fúria nos olhos pelos braços.
_Só mais uma coisa dona Rosa... Quantos jovens terá que morrer até que a senhora comece a respeita-los?
_Não lhe devo nenhuma resposta sua, bicha escrota. - Rosa deu as costas sem nenhum remorso e seguiu seu caminho.
Nando não ficou chocado com aquilo, eu não esperava outra coisa daquela mulher fria e maldosa. Ele volta a olhar para o túmulo simples, mas bonito de Pitt.
_Me desculpe Pitt, eu sei que não tinha esse direito, mas só fiz o que achei que fosse certo, ela só iria repudiar sobre seu túmulo.
_Você fez o certo Nando, não se preocupe com aqueles dois, eles sempre foram assim. - Diz Ben aproximando-se do túmulo, os olhos estavam inchados de chorar. - Vamos Nando, eu levo você para sua casa.
_Obrigado Benjamin, mas não precisa, vou para casa de meus pais, não iria conseguir ficar naquela casa, vou viajar para Florianópolis, tenho família por lá, assim que der eu vou lá para pegar as minhas coisas. - Nando olhava para o céu como se fizesse uma oração.
_Ele não se matou Nando. - Diz Ben interrompendo Nando que arregala seus olhos, Nando mentia, mas para uma boa causa.
_Mas... Mas do que você está falando Benjamin?
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Psicopatas Vol.3 - Momo's
Mystery / ThrillerImaginamos que não somos vítimas, que deixamos esse posto para o de provocador, achamos que somos culpados pelo o que nos aconteceu, e a resposta é que quase sempre nós somos culpados sim, mas quando se trata de um assédio ou violência infantil a si...