O dia do aniversário de Benjamin chegou apesar dos últimos acontecimentos às pessoas (pelo menos as que se importavam), tentavam ficar alegres naquela festa feita com tanto carinho, estava tudo impecável, balões coloridos, dois amigos malabaristas de Boris estavam lá para dar um "UP" na festa, assim como os poodles adestrados, o mágico e sua assistente, o bolo era enorme, tinha doces e salgados de todos os tipos, os convidados estavam boquiabertos com tanta perfeição, tinha brinquedos para as crianças se divertirem e tudo mais, era realmente o aniversário dos sonhos de qualquer criança, mas ao contrário das crianças convidadas, o aniversariante não parecia muito feliz, em qualquer outra ocasião passada, Benjamim estaria radiante com aquela festa, ele sempre quis uma daquele jeito, mas sua mãe nunca teve condições de fazer uma festa daquele nível, inclusive tinha sido Boris que tinha organizado aquela festa, houve um momento que ele aproximou-se de Benjamim e disse:
"Esta festa é para você pequeno Benjamin, porque você é meu... Meu amigo, somos amigos e este é meu presente, sorria rapaz".
Ben lembrava-se de tudo o que tinha acontecido a ele até aquele dia, e ele se perguntava até quando iria passar por aquilo, até quando alguém iria ajuda-lo, ele queria falar para sua mãe, queria lhe pedir ajuda, mas temia, Boris era perigoso e louco, assim pensava o garoto, até alguém interromper seus pensamentos.
_Ei, porque está tão triste? Esse é o seu aniversário, esqueceu? - Pergunta Cecília. - A propósito, parabéns, está aqui o seu presente.
_Obrigado Cecí, mas não se preocupa não, eu estou bem.
_Com essa cara de peixe morto? Nem parece, seu mentiroso. - Cecília apesar de um pouco mais velha que Ben, sempre gostou de ficar perto dele e do Pitt, até nos momentos que eles jogavam futebol na rua e quando roubavam mangas em sítio lá perto. - Já sei, é por causa do Pitt não é?
_Também, sinto falta dele sabe? - Benjamim baixa a cabeça lembrando do que Boris o obrigou a fazer contra seu amigo.
_Porque vocês não se falam mais? - Pergunta Cecília. - Já faz uma semana que não vejo vocês juntos, e você nem se quer foi visitá-lo quando ele chegou do hospital.
Ben ficou pensativo, ele se lembrou da ameaça de Boris caso o menino contasse tudo para alguém, ele sentiu muito pelo seu amigo, entendia completamente, a diferença era que ele não se via dando um fim em sua própria vida e deixar Boris vivendo tranquilamente, o menino esperava uma oportunidade, uma única oportunidade para denunciar o seu abusador e responsável por Pitt está tão transtornado, Ben não justificou o que Cecília tinha dito, em resposta ele fez uma pergunta.
_Cecí? Se você tivesse um segredo, algo perigoso que pudesse colocar a vida das pessoas que você ama em risco e ainda assim fosse o certo, você contaria? - Benjamim já estava com os olhos cheios de lágrima e deixou a menina Cecília desconfiada.
_Porque a pergunta Ben, o que você quer dizer com isso?
_Nada esquece. - Ben secava as lágrimas chateado com ele mesmo.
_Eu contaria, tá legal? - Cecília dá continuidade na conversa antes que seu amigo desistisse de conversar com ela. - Perigo é perigo, eu contando ou não, quem eu amo corre perigo.
Benjamim começa a pensar no que sua amiga acabara de falar, fazia sentido mesmo, ele contando ou não sobre o que Boris tinha feito contra Pitt, a pequena Maria e ele, sua mãe corria perigo por estar com um homem tão cruel feito o Boris, quando Ben começa a juntar forças para falar, ele se cala ao ver seu velho amigo Pitt entrar no salão de festa acompanhado pelos pais e irmão, Pitt parecia assustado, olhando para os lados, não era mais aquele menino simplesmente tímido, ele era amedrontado, desconfiado e entra em pânico quando estava sozinho, queria está sempre trancado e pedia para os pais se mudarem de cidade, por mais intrigados que os pais do pequeno Pitt estivessem, eles não faziam ideia do que tinha acontecido com ele, mas algo de ruim eles desconfiavam, mas sempre quando perguntavam ao Pitt, ele caía no choro e dizia que não queria perder os pais.
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Psicopatas Vol.3 - Momo's
Mystery / ThrillerImaginamos que não somos vítimas, que deixamos esse posto para o de provocador, achamos que somos culpados pelo o que nos aconteceu, e a resposta é que quase sempre nós somos culpados sim, mas quando se trata de um assédio ou violência infantil a si...