A vida com certeza não é fácil e nem justa, raramente vamos nos deparar com arco- íris e pôneis coloridos, ela é real e dura, quem vê contos de fadas onda existe histórias de terror dificilmente irá se adaptar a realidade.
Benjamin estava rápido e pisou fundo no acelerador ao ver as luzes das sirenes em frente a casa de Cecília, seu coração apertou e ele fez uma rápida prece.
Benjamin sai do carro mas é impedido pelos policiais de passar, só depois de insistir de que era namorado da vítima e que foi ele quem tinha pedido ajuda no 190._Deixa ele passar. - Diz o mesmo Sargento que estava na casa de Hélio. - Quem é você?
_Cadê ela, cadê a Cecília? - Ben passa pelos policiais que tentam lhe segurar, ele vê um corpo sendo colocado na unidade do SAMU e vai correndo até lá. - Não. Cecí!
O Sargento acompanha o rapaz que estava chorando.
_Acompanhe a moça, nos falamos no hospital, tome. - O Sargento entregou-lhe o celular de Cecília. - Estava caído no quarto, tenha fé rapaz, se fosse para ela ter morrido ela não tinha sido tão forte a resistir esta queda. Vou mandar duas viaturas procurar alguma pista.
Dentro da ambulância, Benjamim pega o celular de Cecília e procura por um número na agenda. A pessoa atende no terceiro toque.
_Alô? Cecília, o que aconteceu? - A voz de Pitt o denunciava que ele estava dormindo antes de ligarem para ele.
_Sou eu, Ben. - A voz de Benjamin estava embargada o fato dele está ligando para Pitt do celular de Cecília deixou claro que as coisas não estavam bem.
_Droga, o que aconteceu desta vez?
_Foi... Foi o Boris Pitt, eu falei com ele. - Houve uma pausa dos dois lados, até Ben decidir tomar coragem e falar de una vez. - Ele tentou matar a Cecília, estou na ambulância agora, ela não está nada bem.
_Qual hospital?
_O do Centro. - Responde Ben.
_Estou indo, chego antes de você, moro perto.
Benjamin tenta se despedir, mas Pitt já havia desligado, Ben faz o mesmo e em seguida fica olhando para Cecília, ela estava muito machucada, sua respiração estava fraca e parecia que a qualquer momento iria acabar, ele tenta toca-la, mas ela estava tão frágil que ele teve medo até machuca-la com um simples toque. Benjamin começa a lembrar do que Pitt sempre falava e sua mãe também, que nunca é fácil mexer com o passado, que na maioria das vezes saímos mais machucados que antes, Ben agora pensava sério em tudo aquilo, ele estava feliz em ter Cecília, parecia que uma bia parcela de coisas boas de sua vida tinha sido preenchida, e agora ela esta ali, entre a vida e a morte, e tudo pela insistência deles dois.
A ambulância dá entrada no Hospital e rapidamente Cecília é levada para o interior, na entrada estava Pitt e Nando, ambos apreensivos, e só piorou quando eles viram a situação da moça, Ben quis entrar mas foi barrado por enfermeiros.
_Sinto muito senhor, mas vamos leva - Lá para o CTI. (Centro de Tratamento Intensivo), assim que soubermos de qualquer coisa nós avisamos.
A equipe sai ás pressas, a vida de Cecília estava por um fio. Nesse momento Pitt e Nando se aproximam de Ben que estava muito nervoso e com sua camisa suja de sangue.
_O que aconteceu? - Pergunta Nando. - Desculpe, me chamo Fernando, sou companheiro de Pitt e colega de Cecília.
_Ha. Sim, claro. Cara me desculpe estou um pouco zonzo, sem saber ao certo, parece mais um sonho ruim.
_Sonho ou não, você precisa nos contar o que sabe rapaz. - Interrompe o sargento, em sua farda estava bordado o nome Sgt° Guedes. - Como você sabia que a moça estava sendo atacada?
Ben suspirou de cansaço, ele não estava com paciência para aturar desconfiança de policial._Senhor, quando eu liguei para a polícia ela já estava sendo atacada, Cecília me ligou, veja. - Benjamin mostra a ligação da moça e hora. - Eu estava dormindo, e quando atendi a ligação não era a voz da Cecília, era a voz de um homem falando algo estranho sobre mãe, avó... Em fim, depois percebi que Cecília estava só puxando assunto como um sinal de alerta e foi quando percebi que ela estava em perigo, um homem percebeu que rla tinha me ligado e depois disso a ligação caiu.
_Filho... Tem mais alguma coisa que você queira nos falar?
_Sim Senhor, é muito mais complicado do que possa imaginar.
_Sou todo ouvido.
Benjamin falou tudo para o sargento e para seu parceiro, os dois estavam atento a todos os detalhes, de início os PMs não entendiam porque o jovem falava do passado, mas aos poucos a história ficava intensa em relação aos abusos sexuais, mas os policiais continuaram em silêncio, eles queriam saber o que aquela história de anos atrás tinha haver com Cecília Centro de Tratamento Intensivo (CTI), mas depois veio a parte em que a moça e o rapaz descobriram foto do antigo palhaço com Hélio, o mesmo que está foragido da polícia por cometer pedofilia, os policiais ficaram agitados, realmente era um caso intrigante que já vinha com anos de abusos e mortes, os Sargento Guedes pediu fotos de Boris e também de Hélio (apesar deles já terem deste segundo, eles queriam reforçar a história e verificar a ligação entre os acusados).
_Tudo bem, Benjamin. Já temos tudo o que precisamos para ir atrás desses filhos da puta. Fique com sua namorada, amiga, em fim, nós vamos prender esses caras.
Os policiais se despediram e saíram do hospital, na recepção Nando cochilava na parede em quanto Pitt estava na janela olhando a cidade iluminada.
_Você pode ir se quiser. - Benjamin se aproxima de Pitt com receio.
_Vou ficar, é o mínimo que posso fazer. Me sinto péssimo, fui um babaca com a Cecília. - Pitt sempre brigava com Cecília, mas eles sempre voltavam à amizade, eles se amavam e estranho seria se não houvesse brigas. - Eu... Sinto muito Ben, desculpa por... Sei lá, apenas me desculpe tá legal?
_É você foi um babaca sim, mas na verdade você só facilitou as coisas, eu fui um cego. - Ben põe uma mão no ombro de Pitt que parecia muito triste. - E em relação a desculpas, eu também não sei pelo o que você se Desculpa e na verdade nem eu sei pelo o que eu também me desculparia, só sei que gosto muito de você.
_Eu sei cara, eu sei.
Os dois rapazes se abraçam, talvez uma recepção hospitalar não seja um dos lugares mais bonitos de imaginar uma cena de reconciliação entre dois amigos, mas o sentimento está em qualquer lugar, desde que se demonstre da maneira correta. Pitt encosta a cabeça no peito de Ben, e continua olhando para a cidade ao longe, ele entendia que agora não deveria ter medo, e encarar seu destino.
***
Na saída do hospital a viatura com quatro oficiais, incluindo o Sargento Guedes saiam acelerados.
_O senhor já sabe o que fazer Sargento? Bem... Só queria lhe lembrar de que...
_Eu sei soldado... Seu sobrinho já foi abusado por um pedófilo. - Assim como o Sargento Guedes, os outros oficiais tinham ódio nos olhos. - Não se preocupe, a gente junto com o "Severão", vamos lavar a honra de seu sobrinho.
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Psicopatas Vol.3 - Momo's
Mistero / ThrillerImaginamos que não somos vítimas, que deixamos esse posto para o de provocador, achamos que somos culpados pelo o que nos aconteceu, e a resposta é que quase sempre nós somos culpados sim, mas quando se trata de um assédio ou violência infantil a si...