| Capítulo 4 |

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Jantar e Motel
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Aurora Henderson:
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– Uma fatia desse bolo de chocolate e um café espresso, por favor. – Peço a garçonete.

– Eu quero um capuccino com caramelo e chantilly. – O Gian pede.

– Mais alguma coisa? – Ela anota os pedidos.

– Não, obrigada. – Gian responde. – A menos que você queira, você quer? – Ele pergunta nervoso, me fazendo rir um pouco.

– Não, tá tudo bem, pode ir. – Libero a moça.

– Ok. Me fala de você, por que administração? – Pergunta Gian.

– Tenho uma empresa de segurança virtual e tecnológica. – Conto.

– Tem? – Ele parece surpreso.

– Meus pais faleceram e... – Engulo seco. – Sou filha única. Não teria coragem de vender algo que eles batalharam tanto pra conseguir, então quero aprender a como manter os negócios funcionando bem. – Agrego.

– Um grande propósito. – Sorriu singelo.

– E você? – Sondo.

– Pediatria. Gosto de crianças, e cuidar delas me pareceu uma boa opção. – Ele deu os ombros.

– Um grande propósito também. – Sorri simples.

Os pedidos chegaram e meus olhos se iluminaram ao ver o enorme pedaço de bolo de chocolate com brigadeiro em cima.

Dei a primeira generosa garfada no bolo e gemi saboreando o gosto maravilhoso – talvez nem esteja tão maravilhoso assim, mas a fome faz parecer estar – e observo que Gian me encara com um sorriso nos lábios.

– Você estava mesmo com fome. – Ele afirma.

– É, estava. – Concordo.

– Tem namorado? – Questionou.

– Não.

– Surpreendente. – Ele move as sobrancelhas.

– Deixa eu adivinhar. Bonita demais pra estar solteira? – É o que sempre ouço. Ele ri.

– Não, não... mas você é jovem e bem sucedida. Existem muitos homens interessados e interesseiros por aí. Bom, é linda também... – Ele comentou.

– Bom, não levo uma vida apta a relacionamentos. Sou mais complicada do que pareço. Pareço legal, mas a bagagem que é o grande problema. – Explico vagamente.

– Sempre fui bom em matemática. – Ele bebe o capuccino e suja a boca de chantilly, me fazendo rir. – O que foi? – Ele franze o nariz.

– Você é um fofo. – Pego o guardanapo e ouso limpar sua boca. O mesmo observa meus movimentos e parece tímido.

– Obrigada... – Balbucia. – Você tem filho? – Sonda. Arregalo os olhos.

– Que? Não! Não é esse tipo de bagagem que tô falando! – Dou risada.

– Ah, tá, é que... hoje em dia né... – Eu Assinto, vendo seu nervosismo. – Mora aqui perto? – Sonda ele.

– Um pouco. Moro com meus tios, porém sou americana. – Explico antes que o mesmo pergunte.

– Reconheci o sotaque. – Comentou.

– Estou aqui há três anos e nunca o perdi completamente. – Dou os ombros. – Temos que voltar, ou vamos nos atrasar. – Olho o horário no relógio de pulso e vejo que estamos a 5 minutos da próxima aula.

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