| Capítulo 17 |

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Matthew Caetani:
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— A Giovanna está na portaria. — O segurança avisou ao entrar na sala de estar.
Confirmo no relógio de pulso quanto tempo falta para a chegada da Aurora. 20 minutos.

— Pode deixar ela entrar. — Volto minha atenção para o documento sobre a empresa dos Henderson no notebook.

Um homem como eu facilmente chama a atenção de muitas garotas — não estou sendo presunçoso — mas quando se é rico, bonito — graças a minha mãe — e poderoso, vivendo em Milão e sendo mundialmente conhecido como príncipe da máfia, isso acontece.

Elas não se importam se eu mato pessoas ou se trafico armas ou drogas. Elas se importam com o poder que, caso chamassem a minha atenção, eu poderia oferecer. Além do mais, um homem como eu sabe quando chama a atenção de alguém, como aconteceu com a amiga da Aurora.

Conheço garotas como ela. São prestativas e amigáveis, agradam e fazem um ótimo papel até conseguir o que quer. Seus olhares, sua postura em minha presença, sua voz, seu carisma… podia ter comido essa garota a muito tempo se bem quisesse.

Fora a cena tosca que fez ao fingir que não sabia quem eu era quando Aurora contou. Nunca comentei nada com a bambina, ela diria que é um pretexto meu pra acabar com a única amizade que ela tinha feito, mas, hoje, vou provar que estou certo e de quebra atingir o meu objetivo de ganhar a raiva genuína da Aurora.

— Matthew. Boa noite. A Aurora tá lá em cima? — Pergunta ela ao entrar.

— A Aurora não está. Avisou a ela que viria? — Subo o olhar para a garota.

— Não — ela coloca a bolsa em cima da mesa de centro. — Mas posso esperar ela aqui, não é? Posso subir lá pra cima se você quiser. — Ela se senta no sofá e cruza as pernas.

— A vontade… — sussurro, tirando o notebook do colo e me levantando.
Vou até a mesa de bebidas e pego um copo, reunindo coragem para a idiotice que vou fazer.

Minha intenção maior não é magoar a bambina e sim afastá-la de mim. Só tem uma maneira de deixá-la a salvo de tudo. Do meu pai, da famiglia, do assunto dos pais e de mim.

— Quer? — Ofereço a bebida a Giovanna.
Ela resmunga um “humrum”, e vou até ela lhe entregando meu copo.

— A Aurora me contou que… vocês ficaram — ela pigarreia.

— E como amiga dela, você devia comentar comigo o assunto? — Indago, arqueando a sobrancelha.

— Não quero que magoe a minha amiga — ela me entrega o copo de volta.
Ponho-o na mesa e me sento ao seu lado.

— Aurora sabe se cuidar, você sabe. Não quer que eu magoe a bambina ou não se conforma com a ideia de que não ficou comigo primeiro? — Dobro a perna por cima da outra, esticando os braços nas costas do sofá.

— De onde você tirou isso? — Ela indaga calma, sem nenhum espanto.

— Não sou um tolo — sorrio de lado.

— Bom… nunca assumiria meus desejos a Aurora e agora não tenho mais essa opção — ela arqueia os ombros.

— E se… se não for tarde demais? — Só mais 10 minutos.

— A Aurora ficaria… brava — ela se remexe no sofá. — Conheço ela. Diz que foi só sexo, mas não foi. — Inclui.

— Mas pra mim foi — aperto o punho involuntariamente.

Meu Destino Em Suas Mãos Onde histórias criam vida. Descubra agora