| Capítulo 12 |

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Top Três Situações
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Matthew Caetani:
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A única parte boa de algumas vezes não ter escolha quanto às ordens do meu pai é o fato de ter que viajar para cumprir as missões. Conheço vários lugares.
O Brasil é um deles, não é a primeira vez que venho aqui. Tem boa bebida, boa comida, boas mulheres…

E o Rio de Janeiro, diga-se de passagem, é um dos melhores estados em questão de turismo e praia. Os bordéis daqui são diferentes e são poucos os cassinos lícitos que tem. Aqui não tem máfia, tem facções — minha famiglia tem negócios com alguns dos chamados "coroas" que são os chefes das distintas facções — e agora estou em frente ao prédio que o maledetto que vim caçar, trabalha.

— Boa tarde. Onde posso encontrar o… Paulo Silveira? — Pergunto na recepção do prédio. É um prédio executivo, com vários escritórios de diferentes áreas.

— No quinto andar, senhor. Mas tenho que comunicar a sua chegada. Qual o seu nome? — Indaguei.

— Diga que… Luca Torelli deseja vê-lo. — Não faço ideia de quem é o dono desse nome, mas resolvi usá-lo.

Ela faz a ligação e em dois minutos o homem libera a subida.
Entro no elevador e mais algumas pessoas me acompanham.
Saio no quinto andar e aceno com a cabeça para recepcionista do hall, que aponta para sala que devo entrar.

— Como posso ajudar? Receio que não tenho muito tempo. Preciso entrar em uma reunião em 10 minutos — ela fala sem tirar os olhos do computador.
Coço a garganta, só então o homem me encara, arregala os olhos e engole o seco.

— Acho que você vai ter que cancelar a reunião — caminho até a cadeira em sua  frente, a puxo e me sento tranquilamente, me arriscando até a sorrir.

— Ma-Matthew… — ele balbucia e pigarreia para tomar postura. — A que devo sua visita? — Sonda.

— 13:35h de voo. Vim de Milão até aqui só para ver você — tamborilo os dedos na mesa. — Não quer nem tentar adivinhar o real motivo? — Indago.

— E-eu não faço ideia, senhor… — ele se remexe na cadeira, desconfortável com minha presença.

— Não faz? — Sondo. — Bom, me deixe refrescar sua memória… — me levanto. Vou até o frigobar que tem no escritório do bastardo e pego uma cerveja chamada Skol. — Se me der licença. — Mostro a latinha.

— A-a vontade…

— Há três anos você trabalhava na empresa dos Henderson, ocupava um cargo importante, tinha acesso a todos os documentos, todas as informações de todos os clientes… o resto eu vou improvisar… bom, acredito que recebeu uma proposta tentadora de alguém importante, que lhe favoreceria bem, com dinheiro… acredito que estou certo, mas o que ainda não sei é qual foi o seu papel em tudo… — passo a mão na barba, umedecendo os lábios.

— E-eu não sei do que você está falando… — ele se assusta quando bato na mesa.

— Você está envolvido na morte dos Henderson e mais uma centena de pessoas que não foi nada, nada acidental! — Julgo entre os dentes, já sentindo ódio do seu cinismo. — E você vai me contar a sua participação no assunto se não quiser morrer agora e ser arremessado dessa janela abaixo. — Ameaço.

— E-eu não posso contar nada, senhor, e-eles me ameaçaram… por isso eu me demiti, por isso eu voltei ao Brasil. — Ele recua a cadeira para trás.

Meu Destino Em Suas Mãos Onde histórias criam vida. Descubra agora