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Ernesto
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Matthew Caetani:
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– O que quer conversar comigo? Meus assuntos são tratados com o seu pai. – O Ernesto pergunta.Consigo sentir o cheiro do seu nervosismo. Ele nunca foi muito com minha cara, não tenho uma boa fama entre seus amigos – já matei alguns.
Fiquei surpreso quando descobri que era ele o homem que ligou para Aurora – o mundo é realmente muito pequeno – pedi que Marvin saísse do estacionamento para que ele seguisse com o plano e eu aparecesse aqui, de surpresa.– Não se faça de sonso. – O repreendo. – Vai me fazer perder ainda mais a paciência. – Agrego.
– Não sei do que você está falando. – Ele continua com seu teatro.
– Eu sei que você sabe quem eu sou e o que sou da Aurora, Ernesto… você sempre foi bom em escolher suas vítimas. Então quando descobriu que a Aurora é minha afilhada e seria impossível vendê-la pro meu pai, podia ter se afastado. Entretanto, ao invés disso a perseguiu. Então o que eu não sei é… o que você quer com ela? – Cruzo as mãos em cima da mesa e me aproximo do seu rosto.
Ele, antes nervoso, agora me lança um sorriso sem mostrar os dentes.
Deixe-me explicar: Ernesto é um sádico que seduz suas vítimas, as iludindo sobre um relacionamento ou algo assim, até conseguir levá-las ao bordel do meu pai e vendê-las por lá, fazendo-as se prostituir à força, ou ele mesmo estuprá-las quando elas se recusam a fazer o que ele quer.– Eu não ia levá-la para o seu pai. Aurora é diferente. Quero-a pra mim. – Ele fala com determinação e bebe um gole do vinho.
– Para colocar uma coleira e domá-la como um cachorro? Acredite, ela não faz esse tipo. – Relato. – É mesmo que fizesse, é da minha afilhada que está falando. Estaria morto antes de pensar em tocar um dedo nela sem que ela quisesse. – Acresço.
Ele me observa alguns segundos e então ri sadicamente, passeando os dedo indicador na boca da taça.– Tem algo a mais aí… – Murmura.
– O que está insinuando? – Indago.
– Aurora é uma bela mulher. Bom, imagine viver com uma ragazza dessa todos os dias… sem laços de sangue, apenas um ritual religioso. Sua preocupação é mesmo tão paternal? – Ele julga.
– Isso não é da sua conta. Agora, vamos acabar com a perda de tempo. Olhe para a direita, em cima do prédio… – Ele obedece, arregalando levemente os olhos ao ver o atirador com um fuzil apontado para sua cabeça. – Se não quiser chocar todas as pessoas desse restaurante com a sua morte, você vai me acompanhar pacientemente até o meu carro e me entregar a sua arma. – Concluo.
– O que você vai fazer… – Ele engole seco. – Comigo?
– Só quero continuar a nossa conversa, Ernesto. – Sorrio conspiratório. – Vamos à sua casa. Então vou saber quais eram as suas reais intenções com a Aurora, de fato. – Me levanto, arrumando o paletó.
Ele chama o garçom, cancela o pedido e paga o vinho, em seguida me acompanha até o carro. Antes de entrar, disfarçadamente pelas costas ele me entrega a pistola e senta no banco do passageiro.
Dois dos meus seguranças estão no banco de trás. Faço a volta e entro no carro, logo dando partida.– Não vai nem pedir o endereço? – Ele debocha. Dou uma risada nasal.
– Não. – Respondo simples, ligando o GPS e colocando o endereço do bastardo.
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Meu Destino Em Suas Mãos
RomanceAurora era uma menina doce até seus 15 anos, todavia, após a morte dos seus pais em um terrível acidente de avião, ela perdeu todo o seu brilho e deixou vir a tona o seu lado mais obscuro. O seu destino foi jogado nas mãos do seu padrinho, Matthew...