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Decisão
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Aurora Henderson:
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Acordei sozinha às 07:00h da manhã no quarto do Matthew, na sua cama enorme que caberia cinco Auroras e sobraria um pouco de espaço.Me remexi e senti um ardor pungente no meio das pernas, que me fez grunhir baixinho.
A lembrança persistente de tudo que aconteceu aqui ontem a noite, seus toques e tapas e investidas em mim.Me sentei na cama e toquei os pés no chão gelado, fazendo uma onda de arrepios percorrer minha pele. Estremeci, xingando.
A manhã amanheceu fria e da janela entreaberta do Matthew tenho a visão do céu um pouco nublado.Fui até o closet para me olhar no espelho e se já não esperasse ver minha pele de tal forma, teria me assustado.
Minha cintura está marcada com unhadas e os dedos perfeitamente desenhados do Matthew, assim como as marcas da sua mão e do cinto em minha bunda.
Meu pescoço está um pouco roxo, com chupões e mordidas também, pulsos vermelhos e marcas vermelhas e roxas em outros lugares.Para esconder todas essas marcas que mostram explicitamente que alguém me fez de boneca na noite anterior, só se eu vestisse uma túnica.
Mas ao invés de me irritar ou me arrepender, um sorriso ameaçou surgir em meus lábios e eu o mordi para impedi-lo de sair.— Já está pensando em formas de me ignorar pelo grande arrependimento de ter transando comigo de novo? — Enfatizou Matthew se escorando no batente da porta do seu closet com os braços cruzados.
Ele está vestindo um terno preto com camisa social branca e os dois primeiros botões abertos, com um cigarro na mão — eu sei que ele só fuma quando está nervoso ou agitado — o que lhe entrega sempre.
— Não estou arrependida — admito com tranquilidade, reparando em minha voz um pouco rouca.
— Certeza que não? — Ele deu mais um trago no cigarro que já está no fim.
— Você transa bem, tenho que admitir — peguei um robe do Matthew em um dos cabides e vesti. — Não é como se fosse o pior pecado que já cometemos. — Agreguei. Ele riu.
— O meu pai está lá embaixo, tomando café na sala de jantar — Matthew travou os músculos da mandíbula, mudando de assunto. — Vim avisar, caso não queira descer agora.
— Ele veio cobrar sua decisão? — Perguntei.
— Sim — engoliu o seco. — Vou tomar a única decisão aceitável embora não queira me casar, posso tentar me livrar disso antes da cerimônia. Mas não a envolveria nisso — senti um aperto no peito ao ouví-lo.
Abri a boca para falar algo, mas antes que eu conseguisse, Matthew saiu.
Andei pensando nesse assunto mais do que deveria nos últimos dias, pensando se o Matthew está se sacrificando para me salvar ou se está fazendo o mínimo; conclui que talvez seja um pouco dos dois.Ao ir até meu quarto tomar um banho e trocar de roupa, recebi uma mensagem da Emilia me chamando para uma festa da faculdade a noite. Aceitei ir sem excitar, precisando de distrações.
Vesti uma calça jeans e uma blusa azul claro de alças, calcei um chinelo e só, deixando os cabelos secarem naturalmente.
Desci e o pai do Matthew ainda estava na sala de jantar. Matthew, Valentin e Tommaso, como se fossem uma família com uma relação saudável ou normal.
Perceberam a minha presença e Matthew travou a mandíbula ao ver o olhar maldoso do pai recaindo sobre mim.
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Meu Destino Em Suas Mãos
RomanceAurora era uma menina doce até seus 15 anos, todavia, após a morte dos seus pais em um terrível acidente de avião, ela perdeu todo o seu brilho e deixou vir a tona o seu lado mais obscuro. O seu destino foi jogado nas mãos do seu padrinho, Matthew...