| Capítulo 15 |

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Ele Me Fode Bem
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Aurora Henderson:
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— E que recompensa você quer receber? — Ele pergunta, interessado.

— Deixa pra lá — sorrio nasal.

— Hm. Continue treinando até descarregar o pente, depois pode ir até a minha sala, a senha é a data do seu aniversário — ele se afasta.

— O que? — Sondo, espantada.

— Não vou repetir duas vezes. — Matthew caminha com postura até a saída, segurando o blazer no ombro.

Escondo os lábios entre os dentes e arqueio as sobrancelhas, ainda aturdida com a revelação da sua senha.
Volto a fazer o que me interessa e fica mais fácil me concentrar em mirar nos alvos sem a presença do Matthew.

Mais dezesseis tiros e a maioria deles no exato lugar em que eu mirei — parece que eu realmente sou boa de mira — depois de descarregar o pente e sorrir super animada com o meu progresso, tiro os fones e me viro, dando de cara com um homem branco de cabelos pretos e barba por fazer, com postura e mãos atrás do corpo.

— Só estou aqui para guardar a arma, senhora. — Ele estende uma das mãos.

— Ah, ok. — Entrego a pistola a ele e me retiro do estande, voltando para o elevador.

Coloco a data do meu aniversário no painel e o elevador sobe, diretamente para a cobertura, sala do Matthew.
Porém ao entrar na sala, ele não está nela e me pego admirando o lugar.

Todos os móveis são de madeira escura e uma das paredes é de vidro do chão ao teto dando uma memorável visão de Milão.
Vou até sua mesa e me sento na sua cadeira confortável e reclinável de couro, abro uma de suas gavetas e me deparo com duas armas, pego uma delas e tiro o pente, vendo que está vazio. A arma em si é dourada e brilhante.

Em seguida fecho a gaveta e abro a próxima,  onde está muita droga: cocaína, ecstasy, maconha, LSD, e outros frasquinhos medicinais cor de laranja, que deve ter alguma substância pesada dentro.

Pego um dos saquinhos de coca e tiro o laptop do meio da mesa, abrindo o saquinho e deixando cair um pouco do pó.
A carteira do Matthew está aqui também, pego dentro dela um cartão e uma nota de 100  euros, arrumando duas fileiras com o cartão e fazendo um tubinho com o dinheiro.

Inclino meu corpo até a mesa e aspiro as duas fileiras de cocaína, guardando as coisas do Matthew em seguida e levantando da cadeira. Vou até a parede de vidro, encarando a cidade em minha frente, fecho os olhos e já começo a sentir a droga invadindo a minha mente, meus batimentos acelerados e meus pelos arrepiados.

Quando abro os olhos, enxergo a luz de fim de tarde mais bonita que o normal — o meu lar, agora.
As cores do céu predominante em laranja e um rosa claro avermelhado, tão lindo, tão tranquilo e… queria que esse vidro não estivesse aqui e eu pudesse sentir uma brisa leve agora — embora eu ache que aqui em cima a brisa não seja tão leve assim — e que talvez, vendo o chão firme tão longe de mim, ficasse tentada a cometer um possível suicídio.

Meus pensamentos estão acelerados sob o efeito da droga, mas meu corpo está paralisado, em êxtase.
Mas o êxtase vai se dissipando à medida que o auge do efeito fica para trás, à medida que os minutos vão passando eu vou ficando mais lúcida, embora ainda inebriada.

— O que está fazendo aí? — Matthew pergunta, nem alto, nem ríspido.

— Vendo o céu… — respondo, com a voz suave. Encaro-o, focando em seus olhos. — Acho que sei qual a recompensa que quero — ativo um ponto específico do meu cérebro. O ponto que é loucamente atraído pelo Matthew.

Meu Destino Em Suas Mãos Onde histórias criam vida. Descubra agora