| Capítulo 33 |

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Chacina
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Matthew Caetani:
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— Mauro — o abracei dando dois tapas em suas costas. — Como vai? Cadê a Ruby? — Sondei observando que ele entrou sozinho em casa.

    Acabei de chegar da academia e tinha torturado um cara a mando do meu pai — faz parte do meu treinamento. — Sorte que ele chegou quando eu já havia tomado banho.
    Respondendo a minha pergunta, Ruby entrou na sala com a pequena Aurora de quatro anos no colo. Cocei a nuca. Sempre fico nervoso quando vejo a criança. Não sei se tenho jeito com essas criaturas.

— Aqui está ela. E trouxemos sua afilhada. Vamos ter que passar três dias aqui, problemas na empresa. — Mauro pegou a filha no colo, que não desviou os olhos de mim desde que entrou. — Fale com seu padrinho, filha.

— Oi Matt — ela abriu um sorriso tímido e coçou os olhos, depois bocejou.
    Deve ter passado a viagem dormindo. Aurora é a única criança que tive contato na vida, mas acho que as crianças dormem muito.

— Oi bambina — respondi nervoso. — Tenho um presente pra você. Tá lá em cima. — Apontei para o segundo andar.
    Seus olhos brilharam com diversão e ela abriu um sorriso mostrando todos os seus dentes de leite para mim.

— Podemos ir buscar? — Perguntou animada e o pai a colocou no chão.
    Olhei para ela e passei a mão no cabelo.

— Leve-a. A Ruby precisa de um banho e eu tenho que correr para a empresa. Fique com sua afilhada um pouco — Mauro me encorajou, apertando meu ombro.

— Tá bom — assenti com um sorriso fraco e fiz menção de andar para que a criança me acompanhasse. Mas ela capturou minha mão e eu congelei, encarando-a.

— Papai diz que não posso subir as escadas sem segurar na mão de um adulto — explicou ela, percebendo minha confusão.

— Ah — maneei a cabeça e segurei a mão da garotinha rumo às escadas.

    No andar de cima abri o quarto dela. Sim, o quarto dela. Às vezes Mauro e Ruby precisam vir para a Itália e ficam na minha casa, no quarto de hóspedes, então decorei um quarto cor de rosa para a Aurora, afinal é minha afilhada, embora eu não saiba realmente o que isso significa.

    Os olhos dela se iluminaram quando ela viu a imensa casa de bonecas com várias bonecas Barbie dentro. Ela sibilou um "uau" e deu uns passos à frente, me puxando junto. Suas mãos suando. A boca entreaberta. Depois que ela digeriu a situação começou a dar pulinhos e gritinhos finos e seus cabelos castanhos encaracolados cobriram o seu rosto.

— Ei, calma — me aproximei dela rindo, que foi pulando até a casinha. Tirei os cabelos do seu rosto e a mesma me deu um sorriso iluminado.

— É tudo pra mim? — Sondou animada com as mãozinhas pequenas no teto da casa.

— Claro. — Sorri de volta, encantado com sua empolgação.

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