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Infância Desagradável
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Matthew Caetani:
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— Eu vou ter que repetir ou alguém vai ter o bom senso se me contar o que que eu tenho haver com isso? — Aurora cruza os braços, batendo o pé direito pacientemente.— Conte pra ela quais são suas opções, Matthew, quem sabe assim ela não decide por você. — Tommaso gesticula, me dando falsa coragem.
Encaro o maledetto, com toda sua presunção e soberba. Admito que, em partes, herdei algumas coisas dele — talvez a arrogância, prepotência — todavia, não me orgulho disso.
Nem de toda a bagagem negativa que carrego na mente por causa dele. Me arrependo de não ter o matado quando tive oportunidade.O Aviero encara a Aurora como uma galinha pronta para o abate, preparada para cair nas garras dele. Mas nem que eu desse a minha vida pela bambida, ele tocaria um só dedo nela. Sou capaz de mover céus e infernos para mantê-la longe desse homem.
Já a Cynthia, mantém um sorriso conspiratório no rosto. Ela sabe, sabe que eu seria capaz de deixar meu orgulho e princípios de lado para manter a Aurora longe de perigo, sabe que eu me casaria com ela para manter a Aurora longe das garras do pai dela ou de toda a famiglia.
Contudo, eu também sei que mesmo que eu aceite me casar com ela com um sorriso falso no rosto, o Aviero e meu pai não deixariam Aurora em paz.
E o que mais me atormenta é o fato do meu pai ter matado os pais dela e se, hipoteticamente, a intenção deles com Aurora seja a mesma? Ou prostitui-la? Ou tocá-la sem um devido consentimento?
Sou um completo filho da puta com a ragazza a todo tempo. Mas não seria filho da puta a esse ponto. Já me basta as coisas que fiz no passado.
— Matthew? — Aurora enfatiza.
— Saiam da minha casa, agora. Eu não quero ter que falar duas vezes. — Rosno, sentindo meu sangue quente de raiva.
As mãos coçando para sacar a glock e atirar na cabeça dos dois.
Pouparia a Cynthia. Ela é só uma lunática enfeitiçada com a ideia de ser a first lady da máfia no futuro.— Vai chamar seus cães de guarda para expulsar seu próprio pai? — Tommaso debocha.
— Você não é a porra do meu pai, ou pelo menos nunca se comportou com um. Não passa de um figlio di puttana — Debato, com os dentes e punhos cerrados.
— Ok, ok… não precisa repetir duas vezes. Mas, pense bem. Tenho todo o tempo do mundo. — Tommaso se levanta e ergue as mãos em rendição.
Aviero se levanta com ajuda na filha e apoia sua bengala no chão. Ele dá um último olhar para as meninas e depois acompanha o meu pai, igualmente a Cynthia, que as encara de cima abaixo exalando sua antipatia.
— Vamos lá, Matthew, tô esperando. — Aurora continua em minha frente batendo o pé.
— Vamos conversar… sozinhos. — Lanço rapidamente um olhar de repreensão para a Giovanna, que entende o recado e se pronuncia.
— Vou deixar vocês a sós, tchauzinho. — Ela acena com os dedos e se vai pela porta de entrada.
— Sente-se, por favor. — Peço. Aurora se senta na minha poltrona e eu me sento no sofá em sua frente. — Meu pai me deu duas opções.
— Quais?
— Ou eu assumo minha responsabilidade, começo a trabalhar em prol da famiglia e me caso com a Cynthia… — Conto a que estou considerando, em primeiro lugar.
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Meu Destino Em Suas Mãos
RomanceAurora era uma menina doce até seus 15 anos, todavia, após a morte dos seus pais em um terrível acidente de avião, ela perdeu todo o seu brilho e deixou vir a tona o seu lado mais obscuro. O seu destino foi jogado nas mãos do seu padrinho, Matthew...