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Missão
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Aurora Henderson:
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Quando cheguei do treino com Matthew ele não esperou subir para o quarto para me recompensar pelo progresso nas minhas habilidades. Estávamos sozinhos em casa e tive minhas roupas arrancadas ao pisarmos o pé na sala e bater na porta de entrada.
Matthew transou comigo em cima do tapete, reacendendo as marcas que ficam mais difíceis de desaparecer a cada dia que passa.Agora estávamos conversando deitados no tapete; ele vestindo apenas uma cueca cinza escuro e eu vestindo sua camisa social branca. Minha cabeça estava em seu colo enquanto ele me fazia um cafuné e minhas pernas estavam em cima da mesa de centro. E Matthew estava com a cabeça apoiada nas almofadas do sofá que jogamos no chão — depois que eu sem querer bati minha cabeça enquanto mudávamos de posição, o que desencadeou em uma gargalhada do Matthew que quase o fez broxar (mas isso não aconteceu, é claro).
Parecemos até dois adolescentes (coisa que eu realmente sou), mas algo no Matthew está diferente, menos frio, mais descontraído, despretensioso.
Ele está rindo, sem sarcasmo, rindo de verdade, rindo espontaneamente, e sua risada é contagiante.— Era cruel, eu sei, mas era o tipo de coisa que nos divertia. Mas eu não consegui vê-los brincar daquele jeito com ele, Valentin só tinha 5 anos. E depois disso nunca mais quis entrar em uma piscina — terminou de contar.
— Imagino um menininho cabreiro no meio das crianças maiores, e você com seis anos tentando defender — ri com a fantasia, dois menininhos parecidos, com cabelos pretos e olhos castanhos.
— E eu defendia. Cheguei a bater em um moleque duas vezes maior que nós. Mas ele era filho de um amigo importante do meu pai, então me castigou por aquilo — contou, descendo seus carinhos por minha nuca.
— Tô quase ronronando com esses carinhos — admiti, mudando de assunto.
— Quem diria que Aurora gosta de carinho — Matthew debochou, sorrindo de lado quando lhe encarei.
— Quem diria que Matthew sabe fazer carinho — lhe mostrei o dedo do meio em um gesto vulgar.
— Isso é o mínimo que posso fazer por você, bambina. Eu estou tentando ser... mais presente. Acho que não fiz o que prometi ao seu pai... não cuidei de você como deveria — ele travou os músculos da mandíbula.
Me sentei, cruzando as pernas em estilo bailarina de frente para ele e levei a mão ou seu rosto rígido, acariciando sua bochecha.
— Você sempre foi um cretino arrogante, tem que admitir. Mas você nunca mediu esforços por mim, nunca deixou me faltar nada e muitas vezes eu não colaborei, eu acho... — contorci os lábios. — Eu só não fiquei ainda pior depois da morte dos meus pais por sua causa, Matthew. Não ache que não me ajudou. Eu nunca reagi da melhor forma ao luto, mas acredite, poderia ter sido muito pior. — Completei, sincera.
— Eu podia ter feito mais... — insistiu, apertando os olhos.
— Shii... — sibilei, me aproximando e colando seus lábios no meu. — Não estrague essa tarde preguiçosa, tranquila e descontraída com esse papo tão caótico — inclui e o beijei, montando em seu colo em seguida.
As mãos do Matthew apertaram minha cintura e me pressionaram contra sua já presente ereção. Gemi em seus lábios enfiando os dedos entre seus cabelos e arrancando um arquejo dele.
Aquilo acabaria em mais sexo se a porta atrás de nós não tivesse sido aberta e um grito de espanto tivesse escapulido da garganta da Leonora. Eu e Matthew nos levantamos em um pulo — ele até mesmo ficou vermelho, coisa que nunca vi acontecer antes — já eu fiquei pálida, perplexa.
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Meu Destino Em Suas Mãos
RomansaAurora era uma menina doce até seus 15 anos, todavia, após a morte dos seus pais em um terrível acidente de avião, ela perdeu todo o seu brilho e deixou vir a tona o seu lado mais obscuro. O seu destino foi jogado nas mãos do seu padrinho, Matthew...