Capítulo 56 - Medo

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Kara Zor-El  |  Point of View






Cheguei a minha vaga. Primeiro dia de trabalho após tudo aquilo... confesso que estou com muito medo de abrir a porta do carro... é um medo bem grande na verdade, acho que não consigo descer... meu coração acelerou quando de relance vi uma sombra. Era o segurança... agora posso abrir... não... não acho que não vai dar... peguei o celular e liguei para Lena.

— Kah? Está tudo bem?

— Você está muito ocupada?

— Estou na agência me informando do seu caso.

— Te amo, Lee.

— Também te amo, Kah. Aconteceu alguma coisa?

— Não... te vejo no almoço.

— Até, amor.

Fiquei no carro, mas achei muito idiota da minha parte ficar com medo. Abri a porta coloquei o pé para fora e depois a mão. Peguei minha pasta e sai... olhei para os lados receosa. Enxerguei Lexa e sorri aliviada, não era minha preferida, mas ajudava.

— Como está, chefe? – Ela me abraçou.

— Recomeçando.

— Você foi uma rocha, Kara. Sua força é inspiradora.

— Obrigada, Lexa. Pensar em ver minha família me manteve viva, mas confesso que foi assustador. – Ela massageou meu ombro.

— Agora passou. E você não fez falta só na sua casa, Clarke deu o melhor, mas só você toca isso aqui.

— Vamos ao trabalho.

Entramos na empresa, logo estávamos em uma longa reunião para me situar de tudo.



[•••]



Após organizar várias coisas, senti uma dor de cabeça horrível e resolvi voltar para casa. Devia ser algo relacionado à quantia de papéis e números a minha frente, pois foi dirigir um pouco e já estava melhor.

Fui direto para o escritório e imprimi o orçamento da mudança do quarto da Liz. Acho que não posso beber minha cerveja... mas não tem ninguém em casa. Peguei uma e abri, fiz um sanduíche e liguei para assistir a reprise de algum jogo. Escutei o barulho da porta e não deu tempo de esconder a cerveja.

— Kah? – Lena entrou na sala. — Está tudo bem, meu amor?

— Sim, Lee. Eu só senti uma dor de cabeça forte e me liberei mais cedo. – Ela sentou no meu colo e selou nossos lábios, obviamente, começou a analisar o que eu estava comendo.

— Cerveja não vai ajudar amorzinho... – A abracei forte.

— Eram aqueles números todos, foi só sair da empresa que passou.

— Seu corpo vai doer, amor. Vai cortar o efeito do remédio.

— Estou bem, Lee. Sério. – Entreguei o orçamento para ela. — Aqui está o novo quarto da Liz.

— Vamos falir até ela encontrar a identidade dela.

— Logo ela se encontra, amor.

— Ela é tão diferente do irmão. Para ele tudo está bom.

— Eu gosto dessa diferença. – Arrumei o cabelo dela. — Você está mesmo bem, Lee? Podemos procurar um psicólogo para conversar... eu fiquei muito paranóica para descer do carro hoje.

— Por isso me ligou?

— Sim.

— Era só ter me chamado, amor.

Criminal Case - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora