Capítulo 07 - Conhecendo

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Lena Luthor  |  Point of View






Estávamos exaustas, mas nenhuma dava sinais de que queria parar.

— Preciso de água! – Ela disse e eu assenti freneticamente. Ela pegou o telefone e pediu o café e várias garrafas de água. O celular dela tocou.

— Oi Danvers... não posso... hoje não vai rolar... não estou ofegante... – Ela estava completamente ofegante. — Porque você não pega esse carregamento e esconde no... – Ela me olhou. — Não sei onde, Danvers. Se virem sem mim um dia. Não vou hoje, droga. — Não estou trepando... que mané, Smith, não sei dessa louca... se vire, hoje eu não vou. – Ela ficou escutando e se deitou com as costas para cima. — Eu não sei da Smith... não estou com a agente, não falei que terminei com ela?... por isso mesmo, se eu só transo com ela, não estou trepando com ninguém... que saco isso... prometi que não ia procurar ela... – Comecei a deslizar meus dedos por suas costas e ela fechou os olhos. — Hoje eu não vô e nem vô atendê se o Allen ligá... – Me inclinei e puxei o lábio inferior dela entre os dentes e soltei-o de leve. Ela ficou me encarando. — Hoje eu não vou mesmo. Vá se ferrar, Danvers.

Ela atirou o celular no chão e atacou meus lábios.

— Pare, Kah. Acabou a camisinha...

— Ah Lena. Uma vez só sem... aquilo me aperta. – Eu sorri e empurrei o rosto dela leve, um tapa quase sem força.

— Não seja mentirosa. Elas não apertam.

— Ok. Não aperta, mas é um nojo.

— Realmente não posso arriscar. Engravidar não está nos meus planos agora.

— Tudo bem. Vamos fazer o que?

— Podemos ir a... foda-se. Quem é Smith? – Kara me olhou, olhou para as mãos e depois para a porta. Quando ela tem esses pontos esparsos de observação, imagino que ela esteja pensando.

— Smith... Bianca Smith, Bia. Ela é uma prostituta viciada em cocaína que nunca tem dinheiro para pagar, pois sua esposa fica com quase tudo que ela fatura.

— Belo casamento.

— Elas se gosta. De um jeito noiado, mas gosta.

— Você transa com ela?

— Não. Ela quer dar pra nós pra descolar cocaína, mais só aceitei um boquete dela, nesse tempo que não nos pegamo. – Fiquei possessa de ciúmes, mas só respondi, nasal.

— Hum.

— Você deve ter se enrolado com aquele engomado lá.

— Sim. Nos encontramos algumas vezes. – Ela levantou e colocou a calça. Depois sentou-se novamente na cama. — Eu estou me sentindo um pouco insegura.

— Por?

— Você ficou com uma prostituta... anos luz de experiência.

— Oh! Não... foi só o boquete mesmo e demorou pra caralho. Foi um nojo.

— Impossível Kara. É uma prostituta.

— Eu achei. – Ficamos em silêncio, até tocarem a campainha e nosso café chegar. Ela colocou a bandeja sobre a cama, mas o que mais fizemos foi beber água. — E o cara lá? Ele é bom? – Eu fiquei constrangida com a pergunta.

— Não vou responder isso.

— Ok. Isso é um sim. – Ela disse e continuou a comer. — Com ele você usou camisinha?

— Kara!

— Quê?

— Pare de fazer essas perguntas. É constrangedor. – Ela assentiu.

Criminal Case - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora