Capítulo 58 - Proteger

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Lena Luthor  |  Point of View





Coloquei um casaco com capuz por baixo no macacão da ala psiquiátrica e fingi estar com as mãos amarradas ao meu corpo, enquanto passávamos por todas as celas, todas eram fechadas, o medo do Ajax era que alguma detenta estivesse na janela.

— Tudo bem. Pode entrar. – Ele abriu a cela e ela estava deitada. Tirei meu capuz e ela se levantou rapidamente.

— Que merda é essa?

— Merda? Que indelicada.

— Isso... socorro!

— Socorro! – Exclamei mais alto que ela. — Lembra? Paredes para loucos são com isolamento acústico.

— O que você quer?

— O que você acha? – Arrumei minha roupa. A empurrei a fazendo sentar na cama e acertei um soco forte em seu rosto.

— Sua idiota! – Ela se jogou contra mim. Suas mãos amarradas pelo uniforme de louca a impediram de me agredir. — Isso é covardia! – Ela esbravejou.

— Quer falar comigo sobre covardia? – Acertei mais dois socos nela e depois uma joelhada no estômago dela. A joguei na cama. — E o que você fez com ela? Foi justo?

— Não! Porque ela está viva! – Novamente a deixei de pé e comecei uma briga solitária. Ela só urrava de dor e eu sentia um extremo alívio a cada soco que desferia contra ela. — Para! Por Deus!

— Não fale em Deus! Hipócrita!

— Ela não é o que você pensa! Ela não é de uma mulher só.

— Não! Você não vai me envenenar. – Acertei outro soco nela e ela se agarrou em meus braços, ela estava tonta. — Você a seguiu por anos... viu ela com alguma mulher que não fosse essa que está na sua frente agora? – Ela piscou várias vezes. — Ela só não se prendeu a você, Siobhan. Aceite que o problema não foi as suas finadas irmã e amiga. Não foi a Kara... só não era para ser.

— Não! Estaríamos juntas!

— Não estariam. Quando ela me conhecesse ela seria minha, não importa com quem ela estivesse. E olha que já a deixei livre por um tempo... mas ela voltou. Me amando muito mais.

— Ela... ela... – Siobhan cuspiu sangue. — Eu a amava.

— Isso não é surpreendente. Ela é encantadora.

Em um movimento rápido, segurei os braços dela e a puxei ao meu encontro, dando uma cabeçada dela. Ela cambaleou para trás e caiu no chão.

Chequei o pulso dela e estava fraco. Uma vadia fracote, nem consegui socar ela direito. Ajax entrou na sala e arregalou os olhos.

— Você a matou?

— Não. Ela só desmaiou.

— Meu Deus... ela está demolida. – Ele bateu no meu ombro. — Está muito em forma, agente Luthor.

— Obrigado. Podemos ir?

— Sim. Vou chamar a enfermaria para ver ela.

— A deixe um pouco assim... quem sabe a natureza não se encarregue do resto.

— Lena... que maldade. Você não é essa pessoa má.

— Sou com quem se mete com minha família.

Ele sorriu e eu me cubro, passando pelas celas e saindo dali. Coloquei minhas roupas e fui para casa.




Kara Zor-El  |  Point of View





Sentei na sala de Alex e estávamos conversando sobre nossos filhos.

Criminal Case - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora