Criminal Case - Adaptação Karlena

Capítulo 48 - Ajuda

Kara Zor-El | Point of View

Psicótica... essa é a perfeita definição da minha condição no momento. Desconfio até da minha sombra, se alguma pessoa me encara por mais de vinte segundos já é motivo para eu tirar satisfação, se olha para um dos meus filhos é bem pior...

- Kah? - Encarei Lena, estávamos na sala e assistíamos a um filme, ela usava uma camiseta enorme que fazia de vestido, cabelos presos em um coque frouxo, ela é tão linda...

- Eu tenho muita sorte. - Disse e ela arqueou uma sobrancelha. - Você é uma mulher maravilhosa.

- Então vamos brigar para saber quem tem mais sorte.

- Eu sou a definição de problemas, amor. Você não tem sorte. - Ela me puxou para cima dela e ficou me encarando.

- Vai me contar o que está acontecendo ou eu vou ter que descobrir sozinha?

- Não está acontecendo nada.

- Você está muito pensativa ultimamente, muito distante e se irrita com muita facilidade.

- Está exagerando, amor.

- Kara... você socou um parquímetro até ele quebrar.

- Ele roubou minhas moedas.

- É o trabalho dele... não? - Revirei meus olhos e sai de cima dela. - Você não está bem.

- Eu estou, mas que droga, Lena! Todas as nossas conversas vão ser essa ladainha de que algo está errado? Eu estou bem. - Falei com um tom mais elevado e Lena não respondeu nada, apenas fechou a expressão endireitou a postura e voltou a ver TV. - Desculpe...

- Só fique em silêncio, Kara. Não quero fazer disso uma briga e estou muito irritada no momento.

- Eu não queria...

- Você está muito estúpida ultimamente, não posso ter uma conversa decente com você, não dá dois minutos e você começa a gritar...

- Desculpe, Lena. Meu trabalho está muito estressante.

- Se é isso mesmo, está descontando nas pessoas erradas. - Ela levantou e saiu da sala, só ouvi a porta ser fechada com força.

[•••]

- Vamos ficar aqui o dia todo? - Alex perguntou e Barry negou.

- Eu não posso, tenho que cozinhar hoje. - Ele disse e eu neguei.

- Precisamos ver se reconhecemos alguém.

- Conhecemos todos. É nossa facção.

- Alguém que não era da nossa facção, idiota.

Ficamos em silêncio, mas depois de um tempo, percebemos que seria inútil. Voltamos para minha casa e fizemos o almoço. Quanto mais tempo juntos... melhor.

Lena Luthor | Point of View

Estou na agência, por mais que tenha me aposentado, sempre que posso venho dar uma ajuda... ou tomar um café. Não consegui ficar totalmente longe.

- O caso da rede de pedofilia ficou na mesma?

- Não. Conseguimos ordem judicial e revistamos a casa do secretário. Dois HDs externos colados no fundo de uma gaveta. A mulher dele teve um ataque de fúria e só seis agentes para conseguir imobilizá-la.

- Ela tinha certeza das coisas e descobre que tudo é mentira. Foi um baque enorme.

- Pedófilos são tão invisíveis, tão padronizados no meio das massas.