Capítulo 22 - 22 de Dezembro

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Lena Luthor  |  Point of View





Eu tentei falar com Kara o dia inteiro, mas o celular dela só dá na caixa. Eu queria convidar ela e a mãe para passar o natal conosco. Liguei algumas vezes para a casa dela e ninguém atendeu.

Depois de trabalhar o dia inteiro decidi que vou ter que ir a casa da mãe dela, e assim fiz.

Dirigi até a casa dela. Quando desci do carro, ouvi uns gritos e corri para dentro de casa. Alura estava sentada no sofá.

— O que está acontecendo?

— Hoje é o dia. Dia 22 de dezembro.

— O que tem essa data?

— Foi o dia que levaram a Clarke. – Os gritos eram de desespero e me deixavam agoniada.

— Sua outra filha?

— Sim. Ela fica gritando o dia todo.

— Eu tentei ligar, mas...

— Eu não posso atender. Eu não consigo escutar nada com os gritos dela.

— Ela não fala com ninguém?

— Às vezes ela fala comigo, mas não para de olhar a janela.

—A porta está aberta? – Ela me entregou uma chave.

Caminhei até o quarto dela e abri a porta. Ela estava sentada no chão da varanda.

— Kah... – Ela não respondeu.

Sentei-me atrás dela e a abracei. Ela tentou levantar, bateu nos meus braços, mas não a soltei.

— Sou eu, Kah. Vai ficar tudo bem. Estou com você. – Ela relutou, mas aos poucos ela relaxou e se virou, me abraçando. Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas não parei de fazer carinho nela até ela pegar no sono.

— Ela dormiu. – Me assustei com Alura. Ela me ajudou a colocar Kara na cama. Me deitei ao lado dela e fiquei acariciando o cabelo dela. — Vai dormir aqui? – Assenti. — Boa noite. – Ela beijou minha testa e depois a de Kah.

Fiquei observando ela dormir como um anjo, Sr. Bigode subiu na cama e deitou na barriga dela.



[•••]



Acordei e Kara estava me olhando. Ela atacou meus lábios de forma urgente, nos cobriu por completo com o cobertor e tirou minha roupa. Eu tirei a dela e voltamos a nos beijar. Eu não sei o que passava pela cabeça dela, mas eu estava ali para ela fazer o que quisesse. Apertei seu membro na base e depois o masturbei rápido.

Ela se colocou entre minhas pernas e esfregou seu membro em minha intimidade. Estávamos contendo os gemidos, com beijos desengonçados e chupões por nossos pescoços. Ela posicionou o membro em minha entrada e me penetrou.

Começou a se movimentar de forma frenética e eu não consegui controlar tanto os meus gemidos. Mas ela não pareceu se importar, pois começou a se movimentar de forma rebolada, me levando ao céu.

Cravei minhas unhas nas costas dela quando meu ventre contraiu. Ela estocou mais uma vez antes de gemer no meu
ouvindo. Ela me abraçou forte.

— Eu amo você, Lena. Eu amo demais.

— Também te amo, Kah.

— Eu cai no sono novamente.

Quando acordei, estava com Sr. Bigode deitado ao meu lado. Eu estou começando a ficar muito irritada com esse bicho. Caminhei até o banheiro e fiz minha higiene matinal.

Voltei para cama e depois de um tempo, Kah entrou no quarto.

— Bom dia, Kah. Como você está?

— Levando. – Ela sentou em minha frente. — Precisamos conversar.

— Não precisa. Eu espero você estar preparada.

— Eu estou, juro. Bom... meu pai era um traficante, mas ele começou a gastar demais, com nós, escolas caras, carros a mansão... uma facção que era concorrente dele começou a tomar os clientes e meu pai foi falindo. Clarke era uma princesa e eu vivia com meu pai, então eu parecia um projeto de marginal. Fui criada no meio da criminalidade. Um dos barcos do meu pai que transportava as drogas e uns diamantes foi saqueado por um dos capangas do meu pai, que o traiu e fugiu com tudo, então meu pai teve que assumir a dívida. Mas eles só queriam uma desculpa para matar ele e então essa dívida caiu sobre nós.

Vendemos quase tudo que tínhamos, mas não foi o suficiente e eles levaram a Clarke como compensação... ela era tão nova, Lena. Eu nem sei o que eles fizeram com ela, então comecei a juntar dinheiro, mas sozinha não conseguia muita coisa. Quando chamei Barry e Alex foi que as coisas melhoraram. Comecei a juntar dinheiro e paguei vários detetives para procurar ela. Eu achei que só traficando, não seria o suficiente, pois só a dívida era astronômica e fiquei imaginando que teria juros. Só que já fazem dez anos e nada... agora eu tirei os detetives, eles foram um investimento sem sentido, pois toda vez que eles encontravam algo, essa pista sumia. Eu me mantenho bem sempre... mas tem dias que não aguento. – Ela começou a chorar e eu a abracei forte.

— Eu estou com você, amor. – Beijei o pescoço ela. — Para tudo.

— Eu sei, Lee.

— Você tem uma foto dela? – Ela me olhou e depois pegou a carteira. Tirou a foto e me alcançou. — Ela é linda. Olhos lindos, iguais aos seus.

— Era sim.

— Por via das dúvidas... ainda é.

— Eu já perdi as esperanças.

— Eu vou ajudar você, mas vou precisar desta foto.

— Mas é antiga. Ela deve ter mudado muito.

— Eu trabalho no FBI, amor. Temos os programas para acharmos criminosos depois de anos. Nós envelhecemos ela em... quantos anos ela tinha aqui?

— Dez.

— Foi há?

— Quase dez anos.

— Não tem nada mais recente?

— Não. Não podíamos registrar muita coisa, meu pai tinha medo. – Assenti.

— Mas acho que conseguiremos algo.

— Obrigada, Lee. – Ela disse me abraçando novamente.

— Quer ir comigo?

Ela assentiu e fomos a agência.

Conversei com nosso desenhista e conseguimos deixá-la mais velha e ela ficou muito parecida com Kara.

Conversei com nosso desenhista e conseguimos deixá-la mais velha e ela ficou muito parecida com Kara

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Criminal Case - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora