Capítulo 28 - Seu sobrinho

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Lena Luthor  |  Point of View





Colocamos Kara no carro, mas ele estava sem chave. Clarke arrancou os fios e fez uma ligação direta.

— Conheço um hospital perto daqui. Assenti e Kara cuspiu sangue, despertando.

— Kara... aguenta só mais um pouco. Estamos chegando ao hospital.

— Eu... a...mo você.

— Eu também te amo, Kah. – Ela fechou os olhos novamente, o pulso dela estava muito fraco.

Chegamos ao hospital e conseguimos um médico que entendia um pouco do nosso idioma. Ele nos fez sentar e levou Kara. Depois de uma hora, Andy chegou.

— Oi. – Ela disse.

— Como nos encontrou?

— Rastreador no carro. – Ela sentou ao meu lado. — Quem se feriu?

— Minha noiva... aquela teimosa me seguiu e salvou minha vida.

— Vou conseguir informações. – Assenti. Ela entrou na zona restrita e voltou com o médico.

— Retiramos a bala e felizmente não atingiu nenhum órgão e não corre risco de vida. Agora ela está descansando. Quando ela acordar, nós vamos chamar vocês.

— Obrigada. – Andy disse e eu escorei minha mão na testa. — Como vocês estão?

— Bem... mas Clarke não vai depor hoje.

— Não. Nem hoje e não mais. Roan foi morto. O encontramos desfigurado ao lado do galpão e com um tiro no peito.

— Um bandido a menos no mundo.

— Sim. Só perdemos os esquemas dele, mas graças a você, temos um caso encerrado. Já reservamos o quarto ao lado do de vocês para Clarke. – Ela entregou uma pasta para Clarke. — Lena nos passou seus dados e refizemos tudo, identidade... todos os documentos e seu visto, mas não sabíamos do menino. Dê-me o nome dele e conseguiremos.

— Cameron. Agora pode ser Cameron Zor-El. – O menino estava sempre de cabeça baixa e agarrado a mãe. — Cameron Zor-El Collins. – Ela acariciou a cabeça dele.

— Nome do papai. – Ele disse baixinho.

— Andy se afastou, dizendo que precisa de um café.

— Seu filho não é do Roan?

— Não. Eu me prevenia com ele, minhas pílulas eram sagradas, não podia engravidar daquele monstro. Mas em uma das quatro vezes que fugi... foi por amor. Finn foi meu grande amor, ele estava na facção por causa do pai, que era viciado e faliu a família. O Roan cobrou em serviços. E nosso romance acabou acontecendo. Quando fugimos, conseguimos nos esconder por um mês... mas Roan nos encontrou e o matou, me levando para o galpão novamente. Fiquei realmente fazendo o papel de mula, mas ficava tonta e enjoada com frequência. Tive que mentir que o filho era dele... acho que ele não acreditou, mas ele gostava de mim e fingiu que sim, mas nunca deu bola para ele. Éramos só nós dois.

— Agora você vai voltar para casa. – Falei a abraçando. — Quer ir para o hotel descansar?

— Não. Quero muito ver a Karanizu.

— Karanizu?

— Sim. É o apelido dela, nosso pai a chamava assim. – O médico caminhou até nós.

— Já podem entrar. – Assenti e caminhamos até o quarto. — Fiquem a vontade.

— Vou entrar primeiro e prepará-la.

Criminal Case - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora