Capítulo 26 - Mentindo para mim?

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Lena Luthor  |  Point of View





Na agência, arrumaram uma sala para mim e fiquei debatendo com Andy sobre os pontos que fiquei em dúvida.

— Mas esse Giancarlo Torenti foi liberado por quê?

— Ele pagou fiança, ele e a família dele são muito ricos.

— Ele não falou nada sobre Roan?

— Não. Nem conseguimos o interrogar ele direito, pois o advogado o instruiu a falar só na frente de um juiz.

— Acho que devemos procurá-lo. Fazer perguntas informais.

— Não acho que ele falaria algo, mas podemos tentar.

Ela chamou mais dois agentes e fomos à vinícola do tal Giancarlo.

Ele demorou quatro horas para nos receber. Quando entramos, ele não nos olhou e muito menos nos convidou para sentar.

— O que você quer?

— Reabrimos o caso em que seu nome foi envolvido. Precisamos da sua ajuda.

— Eu não estou na presença de um mandato ou de um juiz. Não vou falar nada.

— Estamos implorando por sua ajuda. Você não vai ser afetado se nos ajudar.

— Não vou falar nada. – Olhei para a estante de livros no escritório dele. Tinha uma foto dele com a esposa e três crianças. Um menino e duas meninas.

— Linda a sua família. – Eu disse e ele sorriu.

— Obrigada.

— Que idade as crianças têm?

— O Juliano tem quatro anos. Laura, a da direita tem seis e a Kristina tem doze.

— Eles são lindos... sabe a minha noiva tinha um pai e uma irmã. O pai foi morto pelo Roan e a irmã de dez anos foi sequestrada por ele. Hoje está com vinte, mas a minha sogra e minha noiva nem sabem se ela está viva. É uma situação difícil, não acha? – Ele me olhou, olhou o retrato e suavizou a expressão.

— Giuseppe Tradi. É só o que vou falar. Adeus!

Andy anotou o nome e saímos dali. Ela mandou buscarem o nome dele pelo rádio e depois de dez minutos, já tínhamos um endereço.

Ela dirigiu até lá, batemos na porta de um apartamento antigo e ouvimos o chão ranger quando nos movíamos. Após um
tempo, escutamos passos até a porta e depois de um tempo, os passos viraram uma batidas fortes e nós arrombamos a porta.

— Um fique na escada de incêndio e o outro na entrada. – Ela disse no rádio e eu corri atrás dele. Ela foi para o outro lado e tentou detê-lo, mas ele foi mais rápido.

Quando ele subiu na janela, me atirei conta ele e rolamos um lance das escadas de incêndio. Ele disse algo em italiano e nos levantamos.

Ele veio para cima de mim e me atacou. Defendi os primeiros socos como Kara me ensinou e já sabia como ele se movia. Ele tentou socar meu rosto e eu defendi, torcendo a mão dele. Ele tentou me agarrar com a mão livre, mas levou uma cotovelada no nariz. Peguei minha arma e deixei apontada para cabeça dele. O agente chegou e o algemou. A Andy falou algo em italiano e depois deu risada.

— O que houve? – Eu perguntei.

— Ele disse que a polícia era ingênua, pois só estava contratando mulheres. Eu perguntei o que ele tinha achado da nossa mais nova e linda agente. – Eu sorri e neguei.

— Adoro quando sou subestimada.

Liguei para Kara e avisei que chegaria tarde, pois havíamos acabado de pegar um criminoso e começaríamos o interrogatório. Ela ficou meio tristonha, mas depois concordou. No interrogatório, ele ficou em silêncio por um bom tempo.

Criminal Case - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora