Narrador on
Cinco anos depois
O barulho de choro se fez presente por todos os cômodos da enorme mansão, logo sendo seguido por passos apressados no extenso corredor em direção ao quarto da pequena criatura de apenas cinco meses, era por volta das sete da manhã quando tudo começou, acordando quase todas as pessoas que ali residiam no momento; era uma manhã de terça-feira bem fria e nevava no lado de fora da casa, mas a menina de cabelos curtos não se importou, ou não lembrou, de colocar suas pantufas e seu roupão ao correr em socorro da pequena bebê.
— pronto, pronto - sussurrou calmo e sereno, pegando a criança em seus braços - estou aqui, shiii.
Pediu no mesmo tom, começando a se balançar no lugar, em uma tentativa de acalmar a miúda menina que ainda chorava a plenos pulmões; Luana, a tia da pequena, tateou o berço da mesma as cegas com apenas uma mão, procurando pela chupeta da garotinha, que agora se acalmava aos poucos.
— me dê ela - uma voz rouca pediu atrás da garota, a assustando - está tudo bem, pode me dar.
Luana se virou para trás, encontrando o pai da criança na porta, de roupão e cabelos bagunçados, junto a uma cara de sono de quem não dormia direito fazia mais de horas.
— não, Seong, está tudo bem, ela já está parando de chorar - a menina sorriu fraco, observando o menino se aproximar de si em grandes passos - pode voltar a dormir, você está com uma péssima cara de sono e...
Antes que pudesse continuar a fala, o garoto a silenciou colocando o dedo indicador em frente a seus lábios, pegando a criança em seguida, a colocando contra seu peito e a cobrindo com um cobertorzinho rosa com nuvens brancas.
— eu sou o pai dela, Luh - sussurrou, pegando a chupeta da filha da mão de Luana, que apenas o observou - obrigado por estar cuidando dela por mim, mas eu também preciso fazer isso.
Sorriu, mostrando dentes branquinhos e bem aliados pela fraca luz que iluminava o cômodo infantil; a garota suspirou e concordou com a cabeça, ainda olhando para o amigo cuidando da filha com todo carinho do mundo.
— eu vou preparar a mamadeira pra ela, ok? - informou, sorrindo e se virando para sair do quarto -
— Luh - Seonghwa chamou, fazendo com que a mesma parasse de andar e se virasse - obrigado, de novo.
Luana sorriu novamente, concordando com a cabeça e enfim saindo do aposento infantil; assim que fechou a porta em silencio, alguém passou correndo em sua frente como um furacão, atrás de um pequeno cachorro que também corria carregando algo em sua boca.
— volte aqui! - a pessoa gritou, tropeçando no carpete do corredor e caindo - Puchi!
— Wooyoung! Mais um grito seu e eu te faço comer grama pela raiz! - Arieli gritou de seu quarto, saindo do mesmo com roupas de casa -
A Byun não pode deixar de rir daquilo, continuando seu caminho pelo corredor, conseguindo ouvir o choro de Eunjin - a pequena bebê da casa - vindo do quarto da mesma, provavelmente se assustou com o grito de seu tio escandaloso, Jung Wooyoung.
O garoto ainda se encontrava no chão, mesmo após a fuga do cachorro Corgi para o primeiro andar da casa com a calça para inverno do menino de cabelos castanhos.
— desculpa Lih! - pediu, voltando a se levantar e sorrir radiante - mas Puchi entrou no meu quarto e roubou a minha calça!
Luana não permaneceu no corredor para escutar o desenrolar da conversa, continuou seu caminho até a cozinha, passando por Puchi que agora voltava a subir as escadas de casa ainda com a calça do Jung na boca, querendo brincar mais com o garoto.
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My Perverted Roommate
FanfictionLuana não podia escolher entre as piores coisas que já haviam acontecido com ela, mas se fosse para contar a pior, seria, com toda certeza, quando ela teve que se mudar da cidade grande para a zona rural. Para piorar tudo, ela teria que se mudar par...