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Ela vestiu sua saia favorita com meias, subindo a saia para que ficasse mais curta que o normal. Ela deixou os primeiros botões da blusa abertos, certificando-se de que o sutiã preto de renda por baixo estivesse visível.

Pela primeira vez, ela tentou fazer com que seu cabelo a acompanhasse, o que foi uma tarefa bastante trabalhosa, mas que resultou em cachos longos e macios. Ela nunca tinha usado muita maquiagem, mas sempre havia uma primeira vez para tudo. Alguns feitiços resultaram em cílios mais cheios e delineador com asas perfeitas. O último foi o batom vermelho feito por ela mesma.

Ela nunca tinha estado na sala comunal da Sonserina. Uma espécie de regra de princípio para os Grifinórios.

Não é de surpreender que até a porta da sala comunal estivesse adornada com cobras. Quando ela entrou, ela ficou surpresa. Por alguma razão, ela não imaginou assim. A sala tinha dois andares, madeira escura e sofás de couro caros. Parte do chão era de vidro e embaixo havia água. A sala estava escura, exceto por luzes verdes e velas em vários pontos. Vinhas verdes viajavam pelas estantes. Parecia mágico. A música tocava alto.

Qual a melhor maneira de dizer adeus à velha Hermione do que na sala comunal da Sonserina? Ela avançou e olhou para a multidão na pista de dança. Alguns flutuavam em vassouras. No segundo nível, vários casais se beijavam, se beijando apaixonadamente. À direita, ela notou um deles fazendo sexo contra uma parede.

Com um aperto firme, uma mão no braço, ela foi repentinamente empurrada contra uma parede. Draco se elevou sobre ela com fria determinação. Seus olhos prateados percorreram lentamente todo o seu corpo e os músculos de sua mandíbula se reviraram. — Por favor, me diga que você não vai entrar sozinha em uma festa da Sonserina, vestida assim.

Ele cheirava a uísque e menta. Ou algo semelhante ao ar fresco e frio. Poderia ser apenas o gelo que certamente corria em suas veias.

Ela moveu seu corpo para mais perto dele e como ela previu, ele ficou imóvel contra ela, quase prendendo a respiração.

— Não estou sozinha — disse ela enquanto colocava a mão no peito dele, que arfava com respirações raivosas. — Você está aqui, não está?

Ela ficou na ponta dos pés, agarrou-o pela gola da camisa e puxou-o lentamente em sua direção. A prata virou mercúrio; seus olhos caíram para os lábios dela. Pouco antes de eles se beijarem, ela se afastou. — Tenha uma boa noite. — Com isso, ela se afastou, em direção ao grupo de garotos que ela estava de olho. A mão de Draco em seu pulso era como um aperto.

— Que porra você está fazendo, Granger?

Ela encolheu os ombros. — Já fui chamada de vagabunda da Sonserina, posso muito bem fazer jus à minha reputação.

Com total confusão, ele olhou para o grupo de rapazes atrás dela e de volta para ela. Ele balançou a cabeça para ela.

— Eu não sou sua. Você não pode me dizer o que fazer. — Ela se libertou da mão dele e foi embora. — E você certamente não precisa vir em meu socorro esta noite.

O grupo de rapazes era perfeito para o que ela havia planejado. Em sua maioria, eram rapazes que ela só tinha visto de passagem. Eles a chamavam de vagabunda. Degradaram-na em público quase que diariamente. Era hora de dar a eles o que queriam.

Quando ela se aproximou deles, eles começaram a assobiar. — Granger, pronta para mais pau da Sonserina?

Ela sorriu para o cara que disse isso, sem nem saber o nome dele. — Eu faço um acordo com vocês. Quem beijar melhor pode me levar até o segundo andar e me foder para todo mundo ver.

Por um momento eles ficaram quietos, boquiabertos. Então eles começaram a aplaudir.

— E se todos nós beijarmos muito bem?

Damaged Goods | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora