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Ela estava nervosa, embora não devesse, porque não era um encontro. Não ajudou o fato de Pansy ter praticamente invadido o quarto de Hermione e insistido em fazer a maquiagem. O vestido, ela tinha que admitir, estava lindo. Caiu nela como uma luva. A seda abraçando-a perfeitamente.

Pansy também trouxe saltos diferentes e Hermione teve que dizer a ela que ela não tinha muita experiência em andar com eles. Pansy escolheu os saltos mais baixos que possuía, que ainda eram altos demais para o gosto de Hermione.

Pelo menos houve uma pequena vitória. Hermione insistiu em encontrar Malfoy no Ministério em vez de deixá-lo buscá-la.

Não é um encontro, ela repetiu mentalmente ao chegar via Flu aos túneis do Ministério. Quando ela caminhou pelo chão polido, ela pôde ver Malfoy parado perto da fonte. Com as mãos nos bolsos, os olhos seguiam cada movimento dela. Droga, ele tinha que ficar tão lindo de terno? Não é um encontro. Não é um encontro.

Quando ela ficou na frente dele e seus olhos percorreram todo o corpo dela, ele abriu a boca. — Você está...

Ela ergueu a mão. — Nada disso. Você nem deveria ter me mandado o vestido, que por sinal é lindo. Este é um encontro falso.

Ele sorriu. — Não devo estar familiarizado com as regras de encontros falsos.

Então ele estendeu o braço para ela. Ela olhou para ele confusa por um momento.

— Acredito que, para que este seja um encontro verossímil, deveríamos ter algum tipo de proximidade física, você não concorda?

Ela suspirou, passou o braço pelo dele e deixou que ele a conduzisse.

— Qual é o plano? — Ela perguntou no segundo em que entraram no salão de baile.

— Desesperada para sair daqui, Granger? — Aquele sorriso estúpido ficaria estampado em seu rosto a noite toda.

— Estou falando sério.

— Quando você não está?

Ela pode ter que matá-lo. As pessoas dançavam e bebiam ao redor deles. Um quarteto de cordas tocava música no palco.

— Vamos esperar algumas músicas até que a maioria deles esteja bêbada demais para notar qualquer outra coisa — disse ele.

— Tudo bem, o que faremos até então?

— É uma baile, Granger. Presumo que dançamos.

Sua boca ficou seca. Dançar não fazia parte do acordo. — Você disse que não sabe dançar.

— Não, lembro especificamente de ter dito que não danço. Há uma diferença clara entre os dois. Mas como estamos tentando nos misturar, presumo que seria um tanto estranho se viéssemos até aqui e não estivéssemos dançando.

Ele estendeu a mão para ela e Merlin a ajudasse, ela aceitou.

Ele a levou para a pista de dança e assim que a próxima música começou, ele a puxou para mais perto, uma mão elegantemente colocada na parte inferior de suas costas. Ele a moveu com facilidade e precisão controlada. De certa forma, isso a lembrou de sua técnica de duelo. Ele era rápido, não perdendo um único passo. Seus olhos prateados a observaram cuidadosamente e um sorriso malicioso apareceu em seus lábios.

— Você pode dizer — ele encorajou.

— Eu não vou dizer. — Ela esperou um pouco, mas isso a irritou um pouco demais. — Tudo bem, você pode ser ruim em alguma coisa?

Ele riu. — Isso significa que sou um dançarino melhor do que aquele idiota com quem Potter armou para você da última vez?

— Uma senhora não dança e conta.

Damaged Goods | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora