Ele era a última pessoa que ela queria ver agora. — Eu disse para você ficar longe de mim — disse ela sem se virar.
— A torre de astronomia é meu território. Eu costumava vir aqui o tempo todo.
— Você está me seguindo agora?
Ela ouviu seus passos se aproximando. Tudo nela queimou. Ela continuou respirando uniformemente.
— Alguém tem que ficar de olho em você quando estiver saindo da onda — ele disse enquanto ficava ao lado dela.
Ela olhou para ele perplexa. — O que você está falando? — Não havia como ele saber. Ela não contou a ninguém sobre tomar a poção.
— Parece que você já está se recuperando disso agora. Valeu a pena?
— Eu não tomei nada.
Ele riu. — Por favor, Granger. Já tomei gavisus o suficiente em minha época para conhecer os sinais.
Ela cruzou os braços sobre o peito, temendo que pudesse usá-los para estrangulá-lo.
— Seu sorriso era falso.
Ela revirou os olhos. — E como você saberia?
Ele assentiu. — Seus olhos se enrugam quando você ri de verdade. Essa foi minha primeira pista. Mas então presumi que você estava apenas dando um show para aquele músculo inútil do Whitmore. Minha próxima pista foi a maneira como você falou comigo no bar. — Ele balançou sua cabeça. — Era óbvio que não era você quem estava falando. E então confirmei minha suspeita quando senti o cheiro de lúpulo-limão e pena de sol em você. Nenhuma outra poção comumente usada tem ambos os ingredientes.
Bastardo inteligente. — Bem, eu ainda não preciso que você tome conta de mim, então pode ir embora.
— Estou falando sério, Granger, você não deveria ficar sozinha com isso. Especialmente se for a primeira vez que você o usa.
— Eu não estarei sozinho. Vou contar a Harry.
— Nós dois sabemos que isso não é verdade. Seus amigos são a razão pela qual você usou. Você queria mostrar a eles que você pode voltar ao normal. E eles aceitaram sem maiores suspeitas. Eles não perceberam quando sua risada era falsa. Quando você não era você mesma.
Ela passou por ele. — Cala a boca. — Mas ele não estava totalmente errado. Eles tinham visto o que queriam ver. A velha Hermione. Feliz. Seu tempo para curar seu trauma acabou. Ninguém mais entendia isso. Nem mesmo ela mesma.
Ele a agarrou pelo braço e ela se cansou de seus jogos. Ela se virou e estava prestes a bater no rosto dele, mas desta vez ele antecipou seu movimento e agarrou seu outro pulso antes que ela chegasse perto dele.
— Diga-me que estou errado — disse ele com satisfação.
Uma estratégia diferente então. — Todos esses anos depois e você ainda se sente inferior a Harry. Você sabia como poderia machucá-lo: provocando-o comigo.
Um músculo da mandíbula flexionou sob sua pele pálida. — Não vou argumentar que me dá imensa alegria vê-lo infeliz. Mas o que eu disse sobre você é a verdade. Não sou eu quem está julgando você por isso. Ele está. Seus amigos estão. Eles não aceitam você do jeito que você é.
Ela zombou. — E o que? Você aceita? Você simplesmente quer que eu seja infeliz para que você não se sinta tão sozinho. Qualquer que seja a dor que esteja sentindo e que não esteja compartilhando com seus amigos, ela faz você se sentir melhor quando vê essa mesma dor refletida em meus olhos.
Suas mãos em seus pulsos apertaram e ele cerrou os dentes com força.
— Meus amigos estão realmente lá para mim — disse ela. — Eles querem que eu melhore.
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Damaged Goods | Dramione
FanfictionHermione, agora com 20 e poucos anos, está de volta a Hogwarts para cursar o ensino superior. Tentando esquecer o trauma que a guerra provocou nela, ela passa uma noite de luxúria com um certo sangue puro. Mas essa noite terá consequências. Enquanto...