Damaged Goods | Dramione

06

Na manhã seguinte, ela acordou com uma batida forte na porta. Ela se arrastou para fora da cama, vestindo uma camisa enorme e shorts da Grifinória, e abriu a porta.

Snape ficou na frente dela. — Meu escritório. Agora.

Ela assentiu e ele se afastou em passos largos. Rapidamente ela se vestiu e olhou as horas. 6h38. Os meninos da Sonserina reclamaram.

Vestida com vestes completas, ela entrou no escritório de Snape. Ele ficou atrás de sua mesa e fez sinal para que ela se sentasse sem dizer uma palavra.

Quando ela estava sentada, ele a observou em silêncio por um momento. Então ele falou com aquele tom nasalmente gelado com o qual ela estava acostumada. — Chegou ao meu conhecimento que dez garotos da Sonserina sofreram de uma doença bizarra na noite passada.

Ela manteve o rosto inexpressivo.

— Seus lábios ficaram selados por quase três horas. Alguns mais do que outros. Um menino reclamou de fortes dores de estômago e... outros problemas. Nenhuma poção que temos funcionou contra isso.

Ele esperou por alguma coisa, talvez uma confissão. Ela permaneceu quieta.

— Depois isso se resolveu. Fui chamado às 3 da manhã para ajudar. Quando os meninos finalmente conseguiram falar novamente, disseram que você era a responsável, embora não soubessem como.

— Como eu seria responsável por algo assim?

Olhos negros impiedosos se fixaram nela. — Estou lhe dando a oportunidade de confessar agora, Srta. Granger. O que quer que tenha feito, está em violação direta das regras da casa de Hogwarts.

— Eu não fiz nada. Claro, eles culpariam um Grifinório. Provavelmente é alguma poção ou droga estranha que eles distribuíram na sala comunal.

Snape não se moveu. Nem mesmo uma contração de sobrancelha. — Essa é a sua declaração final?

Ela assentiu. Como uma facada fria entre os olhos dela, Snape invadiu sua mente. Suas mãos agarraram a cadeira em busca de apoio. Porra, ela não praticava oclumência há algum tempo. E ele era um dos melhores.

Ele cortou sua mente com precisão. Antes que ela soubesse o que estava acontecendo, ela teve a visão de Draco pressionando-a contra a parede da biblioteca. Oh Deus, não essa memória. Se ela fosse capaz de sentir vergonha em meio à dor aguda em seu cérebro, ela teria se sentido mortificada. Felizmente Snape parecia igualmente horrorizado e pulou instantaneamente da memória e passou para a próxima.

A cara zangada de Ron. — Você está se prostituindo para Malfoy agora?

Uma dor de cabeça cegante a estava queimando. Freneticamente, ela tentou afastar as lembranças de Snape, mas ele nem sequer pareceu notar suas tentativas.

Rindo. Aplaudindo. — Malfoy, meu caro. Fodendo a garota de ouro? 100 pontos para a Sonserina.

Snape ficou remoendo o primeiro dia. A humilhação. Os xingamentos. Hermione queria morrer. Ele chegou à festa da Corvinal. Ela tinha que proteger Dominic e Merille. Ele não podia saber.

Pense, Hermione! Oclumência... você não pode guardar memórias de especialistas, mas pode dar-lhes outras memórias e distraí-los com isso. Ela lhe deu a lembrança dos três garotos se aproximando dela. Ele parou, observando enquanto o pânico dela aumentava.

— Mostre-nos como você se desempenhou para o Malfoy.

Snape estava prestes a se retirar quando Malfoy entrou em cena, empurrando-os para longe dela. Então Snape seguiu em frente.

Sua cabeça parecia estar pulsando. Febrilmente, ela tentou manter o preparo de poções longe dele e, em vez disso, empurrou o grupo da Sonserina para o primeiro plano. Ela aplicando batom. Depois ela beijou os mesmos garotos que a menosprezaram e humilharam. Snape estava hesitando, claramente desconfortável com tudo isso, mas ele permaneceu na memória e a observou sorrir enquanto todos ao seu redor começavam a gritar, suas bocas fechadas.