Havia uma sensação de liberdade. De novos começos. Uma sensação de 'depois'. Depois da guerra. Depois das feridas. Ela ainda tinha a cicatriz, mas já não tinha o mesmo peso. Os pesadelos desapareceram. Sua pele não coçava mais e queimava. Ela ainda queria terminar sua pesquisa para remover completamente a cicatriz, mas isso poderia esperar. Por enquanto, ela queria apenas aproveitar a sensação da vida sem o peso constante que a cercava.
Quando eles saíram do quadrante de cura, eles foram para a Mansão Malfoy e passaram a semana seguinte lá dentro porque pareciam não se cansar um do outro.
Parecia que depois de anos de saudade eles finalmente puderam desfrutar um do outro tanto quanto quisessem. Ela brincou que ele estava tornando até o sexo competitivo porque parecia determinado a fazer isso em todos os cômodos e em todas as superfícies da casa. Ele a inclinou sobre a mesa da entrada, fodeu-a na escada, encostou-a na parede do corredor, interrompeu o preparo do café da manhã levantando-a na bancada da cozinha e fazendo sexo oral nela, puxou-a para cima dele no sofá e recriaram a primeira noite juntos na biblioteca da Mansão.
O tempo que não estavam rasgando a roupa um do outro, eles passavam horas conversando. Ela queria saber tudo sobre ele, desde pequenas coisas como sua comida favorita no café da manhã até conversas profundas sobre seu passado. Ele queria saber sobre os pais dela. Como eles eram. Como ela passou os Natais no mundo trouxa. Ela queria saber quando o relacionamento dele com o pai mudou e quando ele percebeu que a obsessão de Lucious pela pureza do sangue estava errada.
— Você desempenhou um grande papel nisso — disse ele, acariciando o braço dela enquanto ela estava deitada em cima dele, olhando em seus olhos. — Cresci aprendendo que os sangue puro eram muito superiores aos mestiços. Quando te conheci, ainda acreditava, mas você era melhor em tudo. Como posso chamar alguém de sangue mestiço de inferior quando a pessoa mais perfeita que conheci era uma?
Ela corou. — Agora você está apenas me enrolando.
Ele riu. — Adoro elogiar você porque um, quero dizer, eles, e dois, porque deixa você muito envergonhada.
Depois daquela primeira semana – onde o mundo lá fora continuou sem eles e tudo bem porque tudo o que importava para ela estava nesta mesma casa – eles decidiram que era hora de deixar a Mansão novamente de vez em quando.
Ela teve que ir para Hogwarts e pegar mais roupas e ele aproveitou a oportunidade para falar com Snape. Hermione conversou com Ginny e Harry que estavam planejando seu casamento para o próximo ano e disse que os convites seriam enviados em breve. Harry havia subido no Ministério e estava ajudando na reforma da organização.
Antes de sair, ela queria dizer oi para Dominic, mas quando abriu a porta do dormitório dele, desejou ter batido antes.
— Oh meu Deus, sinto muito — ela disse protegendo os olhos. — Só queria dizer oi.
Ela ouviu Dominic murmurando algo desajeitadamente enquanto Zabini ria friamente. — Oi, Granger.
Ainda cobrindo os olhos, embora os dois estivessem quase todos vestidos, ela fechou a porta novamente.
Rindo sobre aquela cadeia imprevista de acontecimentos, ela foi até o escritório de Snape, mas parou quando viu o professor conversando com Draco em tom sério e sua mão pousou em seu ombro, naquele que foi o gesto mais paternal que ela já tinha visto de Snape. Embora curiosa sobre o que eles estavam conversando, ela decidiu dar-lhes um momento e se virou imediatamente.
Ela havia retomado suas reuniões semanais com Ginny e Harry no pub e Draco até agora sempre tinha uma desculpa conveniente para não poder comparecer.
Certa manhã, eles estavam deitados na cama lendo, quando ela pegou um pergaminho.
— De quem é? — Draco perguntou, ainda focado em seu livro.
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Damaged Goods | Dramione
Fiksi PenggemarHermione, agora com 20 e poucos anos, está de volta a Hogwarts para cursar o ensino superior. Tentando esquecer o trauma que a guerra provocou nela, ela passa uma noite de luxúria com um certo sangue puro. Mas essa noite terá consequências. Enquanto...