Damaged Goods | Dramione

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Quando ela aparatou em Hogwarts, suas mãos tremiam. Ela sentiu isso novamente. Ter esperança. Agarrando-se a isso desesperadamente.

— Você encontrou — disse Dominic com um sorriso, mas instantaneamente ficou tenso quando percebeu o comportamento dela.

Silenciosamente, ela colocou a página sobre a mesa e Dominic e Snape olharam para ela e então seus olhos voltaram para ela.

— O que... o que exatamente isso significa? — Ela perguntou. — Eu fiz uma poção que pode desfazer feitiços de obliviação?

Snape balançou a cabeça. — Impossível. As memórias são permanentemente apagadas. Nada pode desfazer isso.

Ela sabia disso, mas não queria abandonar aquele pequeno grão de esperança que havia dentro dela. Talvez houvesse uma maneira de recuperar suas memórias? Talvez houvesse uma maneira de fazer seus pais se lembrarem?

— E se estivermos errados? — Ela tentou novamente. — Havia muitas coisas que não pensávamos serem possíveis, mas depois inventámos algo novo. Como podemos ter certeza de que não funciona?

— Existem muitas incógnitas na preparação de poções — disse Snape. — Essa é a beleza de aprender artes mágicas. Mas quando você apaga algo, você não pode desfazê-lo. Eu te disse antes, as memórias estão perdidas para sempre. — Ele pegou um pergaminho vazio. — Pegue este pergaminho. Com diferentes feitiços, posso preenchê-lo com palavras ou fazer inúmeras coisas com ele.

Então ele ateou fogo até que queimasse. — Mas não posso fazer nada com cinzas. Não há feitiço ou poção para trazer de volta algo que se foi.

Hermione olhou para a pilha de cinzas sobre a mesa e sentiu como se a esperança nela tivesse morrido da mesma forma. Nada iria trazer suas memórias de volta. Era impossível.

— Onde está o resto da página? — Snape se perguntou e quando ela pegou seu caderno e entregou a ele, ele leu a lista atentamente. — Talvez isso possa explicar por que você entrou em coma?

— O gosto era muito azedo — ela murmurou, quase mais para si mesma.

O professor assentiu. — É claro que sim, com a quantidade de Foxweed que você colocou nela.

— Tive que fazer isso, pois precisava desequilibrar o cabelo seco do rabo prateado.

Snape balançou a cabeça. — Tudo o que você precisava adicionar era meia onça de raiz de dente-de-leão e depois usar uma quantidade normal de Foxweed.

Ela esfregou os olhos, sentindo-se derrotada. — Bem, agora é inútil, já que não funciona.

Dominic se levantou com a receita na mão. — E se isso não for uma poção para reverter um feitiço de obliviação?

— Então por que escrevi uma poção anti-obliviante nele?

— Porque não está revertendo o feitiço – está protegendo contra ele.

Um escudo. Claro! Fazia tanto sentido agora que ela pensou sobre isso.

A única indicação de que Snape estava intrigado com essa ideia foi que suas sobrancelhas se ergueram ligeiramente.

— Dê-me isso — ele retrucou enquanto pegava o papel de Dominic e o lia novamente com a nova informação.

Memórias apagadas nunca poderiam ser substituídas, mas talvez suas memórias não estivessem perdidas. Talvez elas estivessem simplesmente escondidas atrás de um escudo. Mas por que ela não se lembrava de nada?

Azedo. Muito azedo. — E se a quantidade de Foxweed que usei estragasse tudo?

Snape suspirou de frustração. — De fato aconteceu, Srta. Granger. Embora o resto da poção pudesse funcionar para proteger suas memórias, a quantidade de Foxweed teria criado um bloqueio.