CAPÍTULO 10

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                        MARIA LUÍZA

Está ficando difícil ignorar os sentimentos do Renzo, ainda mais quando parece que eu estou começando a sentir o mesmo, o que chega a ser ridículo, como estou gostando do meu melhor amigo?.

Fico deitada na cama, olhando para o teto e pensando, na verdade, estou pensando mais em Renzo do que em qualquer outra coisa, que ódio, não consigo tirá-lo da minha mente.

Fico distraída por algumas horas, até que recebo uma ligação inesperada, porém veio a calhar no melhor momento.

LIGAÇÃO

-Amiga? Está sentindo muito a minha falta? -Pergunta rindo.

- Sua miserável, como você ainda tem coragem de me ligar, depois de passar dias sem dar notícias Marina. -Grito com raiva por ligação.

- Desculpa amiga, não quis te preocupar, mas eu estava muito ocupada, por isso não liguei. -Fala se justificando.

- Ocupada demais até para voltar ao colégio? As aulas já começou faz uns dias e você ainda não está aqui -Digo.

- Eu sei, eu sei, sou irresponsável, garota maluca, blá blá blá, relaxa amiguinha, amanhã chego aí e vou direto para sua casa te ver, estou com saudades - Fala soltando beijinhos por ligação.

- Não Debocha Mari, eu também estou com saudades, tenho novidades que você vai ficar maluca. -Falo rindo.

- Maria Luíza Seventeen com novidades? Essa é nova para mim, espero que seja coisa boa. -Diz rindo.

- Dependo do seu ponto de vista, porque do meu, é bastante confusa a situação toda -Falo suspirando.

- Estou percebendo que não posso ficar longe de você, que coisas malucas acontecem. Agora preciso desligar amiga, até amanhã. Te amo Maluzinha.

- Até Mari, te amo.

Desligo e me sinto muito feliz, finalmente minha melhor amiga vai voltar, ela estava viajando durante as férias e eu achei que não fosse voltar mais, ficou dias sem dar notícias e sem atender as minhas ligações, eu estava tão preocupada que chegava a querer matá-la quando a visse de novo.

Marina é minha única amiga, tirando o Renzo, ela é totalmente o contrário de mim, extrovertida, comunicativa, linda, muito linda mesmo. Essa amizade é um tanto improvável, mas funciona muito bem, digamos que nós duas nos completamos. Mari e Renzo, também se dão bem, mas não se falam muito, o que chega a ser engraçado, já que estudamos os três na mesma escola e na mesma sala.

Minha intuição me diz que Renzo só se dá bem com duas pessoas, eu e Fellipo, somos o mesmo caso da Mari e do Renzo, nos damos bem, mas não nos falamos muito, até porquê é difícil da gente se vê, deve fazer uns 2 anos que eu não o vejo, Renzo sempre fala que vai vê-lo na boate do pai dele, mas eu não curto boate, então é complicado para ver ele.

Volto a ficar imersa nos meus pensamentos e me pergunto se Renzo está em casa, queria vê-lo. Ok, sou bastante contraditória, eu o expulsei da minha casa e agora quero vê-lo.

Talvez eu devesse dar a ele uma chance, eu conheço Renzo a minha vida toda, foi injusto o que eu disse a ele e me arrependo, Renzo não seria capaz de me machucar.

Por impulso, me levanto e visto uma roupa, passei tanto tempo sem fazer nada que acabei ignorando o fato de que já está de madrugada, horário inoportuno para aparecer na casa de alguém, mesmo que esse alguém seja meu melhor amigo e more do meu lado.

Não importa, vou lá do mesmo jeito, espero que ele esteja em casa. Pego meu moletom que está na cadeira, desço as escadas e saiu para a casa do Renzo.

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