Capítulo 21

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Samantha Cordeiro

Acordei pela manhã com Marcelo deitado ao meu lado. Ele também havia adormecido e dormiu compartilhando a cama comigo. Lá estava ele, esparramado na cama, de barriga para baixo, ocupando quase todo o espaço. Sorri ao vê-lo tão confortável ao meu lado.

Cobri o seu corpo com a coberta, protegendo as partes que estavam descobertas. Saí silenciosamente da cama e caminhei em direção ao banheiro para fazer a minha rotina matinal de higiene. Já me sentia muito melhor, não apenas em relação à minha saúde, mas também pelo fato de saber que Marcelo e eu estávamos nos entendendo bem.

Quando saí do banheiro, com os dentes escovados, os cabelos soltos e molhados, vestindo um robe de algodão para cobrir a minha nudez, já que pretendia me trocar no closet, parei ao lado da cama e observei Marcelo dormir profundamente, quase roncando.

Sem reprimir o meu desejo, deitei-me ao seu lado, pensando na conversa que tivemos na noite anterior, e mal percebi que já estava acariciando os seus ombros, passando os dedos suavemente sobre a sua pele por baixo do roupão desalinhado que ele usava desde a noite anterior, e admirando-o como homem.

Marcelo era tão sexy, viril, forte e determinado, com uma postura que me deixava louca. Seus olhos, seu sorriso e a forma como ele me protegia me encantavam por completo. Talvez o seu único problema fossem as feridas emocionais que eu estava começando a me interessar profundamente; quem sabe eu poderia ajudá-lo de alguma forma.

Nunca imaginei que encontraria um homem com tantas qualidades, alguém que estivesse exclusivamente dedicado aos meus cuidados, e que esse cuidado fosse recíproco. Marcelo cuidava da minha segurança, e eu cuidaria do seu coração, isso estava decidido!

Deslizei os dedos pela pele do seu pescoço e subi em direção à sua barba volumosa, acariciando delicadamente o seu rosto como havia feito na noite anterior... e quando percebi, ele estava com os olhos abertos, me observando. Retirei rapidamente as minhas mãos, assustada, mas vi um sorriso malicioso e cheio de desejo surgir em seus lábios.

– Continue – ele disse.

Sorri, apoiando o cotovelo sobre a cama para me dar sustentação, ficando bem próxima ao seu rosto. Voltando a acariciá-lo, à medida que eu o acariciava, me aproximava mais dos seus lábios e admirava cada vez mais seus olhos azuis bonitos.

– Você está melhor?

– Sim – respondi com a voz fraca e manhosa. – A febre passou e minha garganta já não dói mais.

De repente, esticou o braço, puxou-me pela nuca e colou seus lábios nos meus, surpreendendo-me completamente, e começou a me devorar com desejo.

Sua mão roçou meu rosto enquanto ele afastava meus fios molhados para trás da orelha. A outra mão acariciava meu ombro enquanto ele aprofundava cada vez mais aquele beijo. Seus lábios eram firmes, mornos e urgentes.

Inclinei a boca contra a sua e o beijei de volta, aumentando a pressão e permitindo-me sentir todo o seu anseio. Ele cuidadosamente me puxou contra seu peito, aprofundou o beijo e brincou com meus lábios, rolando para cima do meu corpo. E, quando menos esperei, meu corpo estava completamente debaixo do seu, e ele estava duro, completamente excitado. Era bom saber que eu o excitava como mulher.

O beijo continuava voraz e demorado, o calor do seu corpo era como brasas que queimavam e acendiam tudo em mim, e de repente...

– Samantha, eu trouxe seu café da manhã. Você está melhor, filha? – Adelaide abriu a porta do quarto segurando uma bandeja de café da manhã, mas se calou quando nos viu em uma posição tão comprometedora.

Pude ver seus olhos arregalados junto com um rubor nas bochechas, que deixavam explicitamente seu constrangimento em evidência.

Imediatamente, Marcelo deixou meus lábios e ambos ficamos olhando a expressão constrangida de Adelaide, sem saber o que fazer.

– Santo Deus... Desculpe, meninos. Eu não sabia que...

– Não! – Marcelo cortou Adelaide, saindo de cima do meu corpo completamente sem jeito. –Eu já estava indo para o meu quarto, eu só estava aqui e... bem... eu já vou indo... Bom dia, Samantha. Bom dia, Adelaide. – Ele saiu do quarto rapidamente sem olhar para trás, notavelmente sem jeito e constrangido.

Adelaide colocou a bandeja com o café da manhã em cima do criado-mudo e me olhou com um sorriso arteiro.

– Eu só vou concordar com isso se você me prometer que vai cuidar bem dele.

Sorri sem jeito.

Antes que eu pudesse explicar, Adelaide sorriu e me deu as costas, obrigando-me a afundar a cara no travesseiro de vergonha.

Antes que eu pudesse explicar, Adelaide sorriu e me deu as costas, obrigando-me a afundar a cara no travesseiro de vergonha

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