‹⟨ 3: Alguém para ajudar ⟩›

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Os olhos de Yen despertam. Se encontra coberta por um cobertor quentinho, mais quente que todos em sua casa. Percebe que a carroça não se move mais, nem balança. Estão parados. Ouve estalos de fogo vindo de fora.

Arrasta o cobertor junto, não querendo largar o tecido confortável. Ao sair do transporte, vê Christine comendo mais frutas frescas, recebendo um carinho gentil de Ayo. O cocheiro está junto ao redor da fogueira, na noite silenciosa e fria. Yen se aproxima, sentando em dos tocos de madeiras deitados na horizontal. Ayo para o que faz e encara a menina em sua frente.

Perto dali, é perceptível grande corpo de um animal grande e peludo morto. Yen não reconhece, mas se olhasse melhor, veria que é um bisór caído.

—dormiu bem?-recebe um aceno—bom. Aqui, coma—não mencionado antes, em cima do fogo avia uma carne de bisór sendo assada. Ayo entrega um pedaço para a menina—precisa ficar forte e com energia para a viagem. Ao menos que queira dormir de novo—ri.

Yen ainda receosa mas cheia de fome e sem opção, come o pedaço de carne. É isso ou morrer de fome. Quando morde, percebe que a carne tem cor roxa. Uma interrogação surge em sua mente.

—por que a carne é roxa?

—ah, não se preocupa. É só carne de bisór. É característico deles.

—bisórs por aqui?—questiona.

—tem pouco, mas sim. Vamos passar pelo território deles no caminho de volta—a mulher também come seu pedaço de carne.

Yen percebe sua elegância, nas vestimentas e no agasalho de pele macia e peluda, com pelos cinzentos. Mesmo com todo esse luxo que nunca de quer ousou imaginar que veria uma vez, ela pergunta:

—como assim "de volta"?

—para você é de ida, para nós, não. Estamos indo para Horizon, porquinha.

A menina parece ter sua atenção fisgada e direcionada para Ayo, que sorri ao perceber isso.

—Horizon? Aquela Horizon?

—sim.

—não acredito...—responde baixando a voz—... Nunca pensei que pudesse ir pra t lugar. Meu vilarejo fica tão isolado de todo o resto do país que é impossível sonhar em sair dele.

—eu percebo. Você vai descobrir que muitas lendas que cercam Halla são verdadeiras—Yen fica mais curiosa.

—até sobre Ahady?—Ayo forma um sorriso fino.

A menina demostra curiosidade e certa paixão pelo desconhecido. Ayo gosta disso. Yen vai ser aquilo que ela imagina, ela sente que a menina tem potencial para o que a Essência planeja. Essa menina, terá seu nome falado e passado por todos e será lembrada por muitos depois de sua partida.

—isso eu não sei, menina—é sincera—ninguém sabe verdadeiramente—Yen escuta apenas, curiosa mesmo sem nenhuma resposta—bom, já está tarde. A viagem será longa. Vamos dormir—Ayo se levanta e prepara sua coberta.

Todos começam a se preparar, com Yen deitando num cobertor no chão e fechando os olhos, inciando um sono que pela primeira vez em muito tempo, é calmo.

Todos começam a se preparar, com Yen deitando num cobertor no chão e fechando os olhos, inciando um sono que pela primeira vez em muito tempo, é calmo

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