A noite já caiu e a fogueira está alta. O grupo se senta ao redor. Castiel é fechado, somente em sua mente e sem falar com ninguém. Ele meche com uma folha, rasgando pedaço por pedaço, preso em seu próprio mundo. Yen o encara, curiosa e ao mesmo tempo... Encantada? Encantada com o ser na sua frente, com o coração ferido que ela sente, a expressão triste e sem felicidade. A filha adotada... Quem foi que tirou a vida dela para deixar um caçador sem sentimentos capaz de ser mais frio do que já era? Um amigo? Alguém próximo?
Yen é pega desprevenida, quando o caçador sobe os olhos, penetrando o castanho das orbes da mulher. Ela desvia rapidamente, encarando a fogueira. Castiel volta a encarar o chão.
—por que você enterrou o corpo daquela criatura?—Aquíla pergunta.
Os olhos amarelos do caçador dão atenção ao líder dos anões.
—deixe que a terra leve de volta o quê é dela. Um corpo exposto a céu aberto, perto da vegetação, a podridão iria destruir tudo. Irresponsabilidade não tem justificativa.
—hm. Ótima política, caçador—aponta com a adaga—eu não tenho ela, porquê não ligo hahahahahah!—ele ri acompanhado de seu grupo—mas sem julgamentos, viu? Mas agora eu quero entender, porquê cavaleiros tão honrados como são, vieram na caça de um monstro das montanhas como vocês três aí—aponta para o que parece ser o líder—qual seu nome, cavaleiro?
—Alexander, prazer. Não estamos aqui para uma recompensa, estamos aqui para receber a honraria do rei e isso se dará caso o monstro seja morto. Vocês quatro querem dinheiro, anões só querem isso, mas e vocês três?—olha para Yen, Castiel e Dylan—o que querem com esse monstro?
—isso não é da sua conta—Castiel responde. Alexander ri.
—estamos em uma fogueira conversando, é um momento sagrado.
—ele está me acompanhando—Yen responde pelo caçador, tomando a frente—e eu tenho meus motivos particulares. O garoto,—olha para Dylan—caiu no barco andando—eles riem, com Dylan não entendendo a piada.
—ah, olha só o quê eu encontrei—Aquíla tira de trás de seu corpo um grande ovo branco, capaz de ser maior que o de um avestruz—omelete, homens!—os anões comemoram.
Aquíla racha a casca branca e abre a "tampa", coloca em cima do fogo depois de dar uma boa mexida e adicionar temperos de uma bolsinha presa em sua cintura. Ele bate as mãos as esfregando, ansioso pela refeição.
—o Sparkling wine estava defendendo um ninho—diz Castiel.
—é, bom, não deu certo.
Após a preparação do omelete, todos se servem menos Castiel, que dispensou a comida. Aquíla ficou com a sua parte.
—hmm—um dos anões termina sua parte—souberam das fofocas?
—fofocas?—Yen se interessa.
—é, isso.
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As Crônicas de Fogo e Sangue: Hunter
Fantasia"O destino tem caminhos misteriosos". Já deve ter ouvido essa frese, não? Pois, bem, ela é verdadeira. A prova para isso está aqui, onde três almas que buscam diferentes objetivos de vida e possuem o destino entrelaçado e conectado. Um caçador que n...