‹⟨ 6: Um caçador com sua amiga, uma menina com sua professora ⟩›

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POV Castiel

Caminho com Destiny, montado em suas costas. Caminhamos calmamente pela mata, seguindo nosso caminho sem rumo. Seguimos, seguimos e seguimos e.... Mais um pouco, seguimos. Sempre fico olhando ao redor, escutando o mais pequeno e curto som, mantendo-me em alerta. Nunca se sabe. A qualquer momento eu posso ser atacado por qualquer coisa, literalmente qualquer coisa. Meu destino de agora? É ir atrás de uma velha conhecida. Talvez ela posso me ajudar e explicar esse novo lobisomem mutante. Ela é quem eu me lembrei no momento. Não vejo ela faz alguns bons anos... É, bastante tempo.

Em um determinado ponto da caminho, noto alguma coisa estranha. Tinha um rastro, que seguia reto. Parecia sem rumo, e eram dois. Pelo tamanho, poderiam ser crianças ou adolescentes. Mas isso não é estranho. Crianças e adolescentes sempre se perdem na floresta e são presas de algum bicho ou criatura. O estranho, é que de repente, outros milhares de rastros surgiram. E pelas marcas eram muito rápidos e não andavam somente no chão, não, mas também nas árvores. Galhos quebrados, marcas nos troncos e cascas deslocadas evidenciam isso. Muita movimentação numa área só. Parecem estar seguindo esses dois rastros iniciais.

—hum...

Sigo o caminho. No meio dele, avisto um corpo cortado ao meio, separado de suas pernas. Deixo Destiny amarrada em um tronco e sigo com meus próprios pés. Sob o capuz, com o pano preto me cobrindo, me aproximo. Examino o corpo. Graças a Deus uso luvas.

A morte não faz tanto tempo, o sangue ainda está fresco e a pele ainda possui certo tom. Quem fez isso? Há um rastro de sangue. Começo a segui-lo. Essa pessoa lutou, lutou até o fim. Se arrastou para tentar sobreviver. Encontro sua outra metade, meio à uns arbustos. Passo por eles, e me deparo com um massacre marcado. É um acampamento, com seus moradores espalhados por todos os lados e direções. Um banho de sangue. Caminho entre os corpos e a terra úmida manchada com o vermelho. Uma tripa cruda na minha sola. Balanço o pé desprendendo.

—mas que porra—falo comigo mesmo. Eu nem tinha notado uma tenta intacta no final do caminho. Rapidamente à reconheço—mas que merda!—parto correndo para lá—Lucy! Lucy! Lucy! Lu...!

Adentro a tenda. Encontro a mulher ruiva de costas, de joelhos, chorando em dor. Se vira. Tento transmitir minha empatia para ela, pela minha expressão. Acho que não funciona pois quando me vê, ela chora mais ainda. Sou pego de surpresa quando ela se levanta, rodeando meu corpo com seus braços. Macha meu peito com suas lágrimas. Mesmo sem reação inicial, retribuo o abraço. Ela me aperta mais, buscando o conforto e consolação. Apenas a deixo chorar, por tudo para fora até não ter mais o que lágrimas restantes.

 Apenas a deixo chorar, por tudo para fora até não ter mais o que lágrimas restantes

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Levo um copo dá'gua até suas mãos. Ela bebe, engolindo o líquido por inteiro num gole. Não chora mais, mas os olhos vermelhos e inchados expõe as marcas. Me sento ao seu lado, cruzando as pernas.

—o que aconteceu aqui?—questiono.

Minha voz a faz paralisar. Encara o nada, por alguns segundos, nem contei. Suspira baixando a cabeça. A levanta, dirigindo o olhar para mim.

As Crônicas de Fogo e Sangue: Hunter Onde histórias criam vida. Descubra agora