‹⟨ 16: Destinos não podem ser negados ⟩›

52 11 79
                                    

Castiel e o grupo que se juntou caminham em uma fila única por uma passagem muito estreita formada por rochas. Alguns farelos de pedras despencam enquanto seguem a passagem.

—cuidado—Aquíla diz, sendo o primeiro da fila—se estiver ventando pode ser perigoso—finalmente saem do outro lado. Em uma altura absurdamente alta e mortal, quase no topo da montanha. O vento bate no rosto de todos, um vento forte—e está ventando.

Dylan se aproxima de Aquíla, ficando ao seu lado. Encara a altura que vê, tendo suas pernas bambas.

—então, esse é o atalho?

—sim—responde.

—um atalho pra morte!—diz se segurando na parede, mesmo que ainda esteja em um lugar seguro.

—você quer chegar antes dos ladrões ou não?

—a gente devia voltar—Castiel diz atrás, liberando sua voz rouca.

—não. Já estamos perto—Alexander insiste.

—você não tem como saber disso!—Dylan se desespera pela possibilidade de continuar nesse caminho de morte.

—é uma rota perfeita!—Aquíla justifica.

—para um anão—Yen diz sarcasticamente.

—heh!—Aquíla a olha—engole o choro, você consegue. Acredito em você—o anão olha a altura—não olhe pra baixo. Heheheh!

Bate no peito de Dylan. Aquíla continua o caminho, em uma ponte de madeira muito estreita colada na parede de pedras. Como Yen disse, é fácil para um anão. Dylan respira fundo, criando coragem que não existe no momento. Os anões são os primeiros a ir, sendo corajosos e comum para eles. Dylan vira o pescoço, encontrando Yen.

—primeiro as damas?—ela dá um tapa no garoto, o empurrando—ah, tudo bem! Ok.

Ele vai a passos curtos e muito cautelosos. Se segura nas paredes e nas correntes presas as rochas. Seu pé esquerdo escapa, deixando uma lasca de madeira cair. Ele se assusta e o coração dispara.

—porra! Socorro, isso não é bom, isso não é nada bom, Castiel!—grita para o outro.

—só continua.

Yen é a próxima, seguida de Castiel e logo Alexander e o restante dos cavaleiros. As madeiras rangem e os farelos de pedras descem conforme o grupo anda. Os anões já estão na frente a muito tempo, por terem experiência e ser mais fácil a locomoção para eles.

Uma tábua da madeira cede, os dois cavaleiros atrás de Alexander despencam. O loiro agarra a corrente pela qual os outros dois se mantém. Castiel segura a mão de Alexander.

—ah!—o peso dos dois homens faz o cavaleiro sentir a força lhe puxando.

—você precisa soltar!—um dos homens prestes a morte certa diz.

—não! Claro que não!

—Alexander, tudo vai ceder!—Yen se manifesta.

De repente, em uma troca de olhares curiosas e acenos de cabeça, os cavaleiros soltam as correntes e despencam, sumindo no ar, em meio as nuvens abaixo deles. Alexander baixa a cabeça, sendo puxado de volta por Castiel.

No topo da montanha, os anões preparam suas barracas com madeiras e galhos, além de folhas improvisadas. Castiel sem sua armadura, com sua camisa preta, encara o horizonte azul que logo se apagará para dar lugar a escuridão da noite. Ele suspira, enquanto mexe num pingente de lobo branco com olhos vermelhos. Dylan se aproxima, a passos meio desajeitados e cautelosos. Se senta na pedra ao lado do maior.

As Crônicas de Fogo e Sangue: Hunter Onde histórias criam vida. Descubra agora