‹⟨ 14: Uma boa amizade é remédio para muitas dores ⟩›

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Os dois seguem pela estrada, Castiel em sua égua e Yen com um cavalo roubado de um fazendeiro azarado. Em silêncio e sem papo algum. Yen acha tedioso, os boatos diziam que caçadores eram seres interessantes, crianças levadas ou deixadas muito jovens que eram submetidas a diversas experiências e treinamentos mortais. Mas pelo jeito, só um cara que finge ser mudo.

—nunca tinha visto um caçador. Pensava que eles tivessem chifres—fala.

—hm, até onde sei não sou corno.

—ah, sim, mas o fedor é real.

Recebe o olhar do outro.

—a noite já está caindo. Devemos achar um lugar pra ficar, alguma árvore ou...

—que tal uma taberna?

Ele para, olhando na direção de onde Yen apontou, encontrando um casebre, uma taberna? Tanto faz, que de para dormir já está bom.

—ah—suspira—ok.

Os dois partem para lá, com Yen cada vez mais curiosa sobre o caçador e o início disso teve de como ela o encontrou: ajoelhado, perante um túmulo improvisado, segurando uma pá com marcas de uma recente batalha... Algo ocorreu, e foi uma grande adaga cravada no coração daquele meta, isso ela sabe notar, sabe muito bem, ela viu nos olhos, naqueles olhos que tentam por tudo na terra demonstrar somente frieza que sua raça tem fama, mas lá no fundo, este homem, este caçador, está machucado.

 Algo ocorreu, e foi uma grande adaga cravada no coração daquele meta, isso ela sabe notar, sabe muito bem, ela viu nos olhos, naqueles olhos que tentam por tudo na terra demonstrar somente frieza que sua raça tem fama, mas lá no fundo, este homem...

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O volume da música dentro do local está alto, com canções e bebedeiras, beirando à perversão. Castiel e Yen trocam olhares, com ele suspirando. Abre a porta e toda a festança para, com as orbes de todos paralisando na direção da dupla. Com o silêncio absurdo, ninguém fala nada e não se movem... Mas ao fundo, um homem vira uma cerveja, com um barulho de sopa muito alto.

—que vibe você passa—diz Yen. Castiel olha para a mulher menor. Ela sorri.

—huh—resmunga.

Os dois passam, com um homem calvo levantando um grande copo de cerveja para o alto em um grito arranhado pedindo por mais festa. Todos se animam e a festa retorna.

—adorei a animação—Yen comenta.

—que vibe você passa.

Os dois chegam ao balcão.

—queremos dois quartos.

—só tem um.

O caçador revira os olhos, acompanhado por Yen.

—tem pelo menos banho?—ela pergunta.

—sim, uma por quarto somente usado uma vez—a mulher chata diz.

Yen deseja transformá-la em uma formiga para pisar, somente pelo jeito que a outra a encara, sem interesse.

—aff, ok.

As Crônicas de Fogo e Sangue: Hunter Onde histórias criam vida. Descubra agora