‹⟨ 21: O concelho dos Magos ⟩›

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Uma chuva fina com o céu cinza tomou o território de Horizon. Em um dos lados do palácio o mar começa a se agitar e vai aumentando conforme a noite vai chegando. Leyra leva Yen pelos corredores do palácio atravessando as grandes portas de madeira escura com raízes de árvores entalhadas. O homem é o primeiro mas Yen demora a passar quando vê um grupo de alunas animadas saindo do local. Troca olhares com Leyra antes de atravessar. Ele se junta a outros magos e feiticeiras no salão. Yen olha ao redor, percebendo o quanto aquele lugar mudou. Uma mesa grande retangular ocupa o meio da sala, com apenas 6 cadeiras ao todo. Pilares de mármore brancos com detalhes dourados e lustres estilosos e elegantes decoram o local. Os magos e feiticeiras reunidos aguardam ali, tomando vinho e trocando conversas.

—vamos conversar.

—sobre o quê?—Yen para em frente ao seu recém conhecido.

—Darkvin. Estava acampado em Elden, o reino caído, agora marcham com suas bandeiras para o norte. Eles vão atacar.

—e não vão parar por aí—a feiticeira ao lado toma a palavra—precisamos de aliados dos reinos do norte.

—vou deixar essa questão para quem importa—responde Yen—onde está Ayo?

—Ayo pode esperar—Leyra a responde.

—tudo bem. Vou procurar garotas sem braços e sons de choros—vira suas costas caminhando com o barulho de seus saltos a caminho da porta.

—ela não sabe que você está aqui.

Yen para imediatamente. Se vira olhando fixamente para Leyra, com olhar inacreditável.

—você disse que ela me chamou aqui!

—eu disse que ela tinha dito que você foi a melhor aluna dela—dá dois passos a frente—quem quer você aqui sou eu.

Yen fecha os olhos por alguns segundos, suspirando por dentro de si pressionando os lábios. Irritação.

—as mentiras são uma falha existente nos seres vivos, mas aqui, elas são suas personalidades. O que vejo nesses lugar é somente isso. Vivem a base de mentiras!

Se retira do salão a passos pesados e revoltados, deixando-os para trás com seus próprios pensamentos.

A feiticeira anda pelos corredores carregados de lembranças do seu passado. Vozes ecoam em seus ouvidos, vozes marcantes de frases marcantes daquela época. Se encontra no correr de onde a residência das atuais alunas dormem. Com o caminhar calmo movendo seu vestido roxo ela encontra a porta familiar que procurava. Sua mão pousa sobre a madeira, empurra a porta que range em um grito e então ela passa. Tudo está conforme ela deixou. Pequeno, simples, sem personalidade... O espelho na parede, o espelho o qual ela se aproxima e encara o reflexo. Por um momento, mergulha em sua imagem e enxerga a garota de 14 anos que chegou nesse lugar, assustada e vendida pelo próprio pai. O que essa menina diria para a mulher que se tornou?

Yen avista quatro alunas adolescentes paradas no pé da porta. Se vira e as garotas se escondem.

—o quê estão fazendo aí?

Uma menina ruiva cria coragem e se revela. Encorajadas pela atitude, as outras três meninas se mostram também.

—ahn, estavamos indo pra sala de botânica. Temos que entregar uma muda para a professora Beatrix—um sorriso ardiloso surge nos lábios de Yen. Ela atravessa o quarto até às garotas, se encostando na porta.

—querem realmente ter uma aula de botânica incrível?—as garotas trocam olhares entre si.

—querem realmente ter uma aula de botânica incrível?—as garotas trocam olhares entre si

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